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ATENDIMENTO
Presidente do INSS e ministro da AGU visitam mães de crianças com microcefalia em Salvador
Moradora do Jardim das Margaridas, em Salvador, Daiane Freitas dos Santos ainda se emociona ao recordar o nascimento da filha, Ayla Freitas Cardoso, hoje com 9 anos. A menina veio ao mundo durante o surto de Zika Vírus de 2015 e recebeu o diagnóstico de microcefalia, mudando por completo a vida da mãe. “Aquele parto era para ser um momento de alegria, mas foi de muita dor e tristeza ao saber o diagnóstico. Todos os exames tinham sido normais. Aquela realidade foi devastadora”, recorda.

- Presidente do INSS, Gilberto Waller, em momento de interação com Daiane Freitas dos Santos e filhas.
A vida dela mudou por completo. Daiane precisou deixar o emprego e se dedicar integralmente à filha. “Decidi transformar a dor em luta e construir um futuro para ela. Eu seria a voz, os ouvidos, os sentidos, os braços e as pernas da minha filha”, conta. Essa decisão a aproximou de outras mulheres na mesma situação. Juntas, formaram a ONG aBRAÇO à Microcefalia, uma rede de apoio criada por mães de crianças com microcefalia e outras malformações, que hoje oferece acolhimento, terapias e orientação sobre benefícios sociais.
A história de Daiane foi uma das que emocionaram a comitiva que visitou a instituição nesta quinta-feira (9). O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, esteve na sede da ONG acompanhado do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, do superintendente regional do INSS no Nordeste, Marcus Vinícius Braga, do gerente-executivo em Salvador, Ygor Sousa, além de diretoras e técnicos do Instituto.
O encontro com as mães foi um compromisso assumido pelo presidente. “Eu mandava mensagens pelo Instagram. Ele me respondia tão rápido que não acreditei. Achava que era um robô. Mostrei às outras mães, e pouco tempo depois ele e o superintendente me ligaram e marcaram essa visita. Foi um gesto humano, e hoje o ‘Gil’, como eu o chamo, é um amigo. Vivemos um marco histórico após dez anos de luta. Nunca desanimamos. Agradecemos a Deus e ao presidente do INSS por ouvir a nossa voz e vir conhecer as nossas crianças”, disse Daiane, emocionada.
A presença da comitiva marcou um momento simbólico para as famílias. Durante a visita, Waller reafirmou a determinação do governo federal de efetivar o pagamento da indenização por dano moral e da pensão especial vitalícia às pessoas com deficiência permanente causada pela síndrome congênita associada à infecção pelo Zika Vírus durante a gestação. O benefício corresponde ao maior valor pago pela Previdência Social e será reajustado conforme o teto do INSS.
“Visitar uma instituição como essa, séria e aguerrida, traz para a gente um brilho no olhar. Esse pagamento não é um favor, é um valor devido a todas vocês. Por uma questão de justiça, a gente só conseguiu efetivamente começar a pagar graças a AGU que ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal garantindo uma segurança jurídica para esse pagamento. Foi assim que soltamos uma portaria conjunta com o Ministério da Previdência Social. O pagamento começou em setembro para os que já tinham reconhecido o vínculo com o Zika. Temos outros passos além do pagamento, como implantar a pensão vitalícia para quem já recebeu a indenização”, destacou Gilberto Waller.
Logo após, o superintendente regional do INSS no Nordeste, Marcus Vinícius Braga, ressaltou o papel do trabalho em rede e o compromisso da instituição com as famílias. “A presença do INSS aqui é um gesto de empatia e responsabilidade. Nosso objetivo é estar próximos das pessoas, especialmente das que mais precisam da proteção social. Essas mães representam coragem, e o que estamos fazendo hoje é garantir que o Estado chegue até elas com dignidade e respeito”, afirmou Marcus Vinícius.
Segundo o Ministério da Saúde, 1.828 crianças foram identificadas com a síndrome entre 2015 e 2023. Apenas em Salvador, a aBRAÇO acompanha 384 famílias, oferecendo consultas, terapias e apoio para o desenvolvimento e inclusão das crianças. Durante a visita, ficou acertada a realização de mutirão em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde para dar entrada nos laudos médicos.
O ministro da AGU, Jorge Messias, fez questão de parabenizar a luta das famílias. “Quantas vezes vocês receberam o ‘não’ como resposta? Mas rodaram a baiana e não desistiram. Vocês não escolheram a doença, e foi o amor que conduziu essa luta. Agora não precisarão mais bater de porta em porta: o Estado vai trazer tudo o que for necessário, inclusive as equipes para fazer o laudo que garante os direitos dos menores. O sorriso de cada uma aqui é uma lição de vida”, finalizou Messias.
Ascom INSS
Fotos: Daniel Estevão/AGU (capa) e Ana Paula Ergang/Ascom INSS
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