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Programa de mentorias avança e gera resultados: conheça o bioplástico desenvolvido na Bahia
Lançado em 2020, o Programa de Mentorias em Propriedade Intelectual do INPI está atraindo cada vez mais atenção de empresas e instituições de ciência e tecnologia (ICTs). Prova disso é que, em 2024, foram realizadas 258 mentorias individuais nos diversos ativos de PI. Nesse contexto, o Programa já está gerando resultados concretos, como esse exemplo que vem da Bahia: o pedido de patente de invenção intitulado "Bioplástico biodegradável com resistência térmica à base da agave sisalana", depositado em 30 de junho deste ano pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e pelo Centro Territorial de Educação Profissional de Araci (CETEP), que faz parte da rede estadual de ensino.
Resultado de mentoria realizada pelo INPI entre novembro do ano passado e fevereiro deste ano, o pedido de patente envolve um bioplástico com alta resistência térmica, feito com o suco do sisal, que poderá ser utilizado, por exemplo, em luvas e sacolas de mercado. De acordo com os pesquisadores envolvidos, a inovação está na combinação única entre resistência térmica, rápida degradação ambiental e compostos bioativos naturais, que constituem uma alternativa sustentável e eficiente aos plásticos derivados do petróleo. Com o pedido de patente, o objetivo é buscar proteção contra cópias e impulsionar o uso da inovação em suas diversas aplicações.
Nessa mentoria, foram capacitados os professores e pesquisadores Pachiele da Silva Cabral, Luciano Sérgio Hocevar e Carine Tondo Alves. Também são inventoras nesse pedido de patente as alunas Sarah Moura Cruz e Isabel Silva Oliveira. Pelo INPI, participaram do projeto os especialistas Hélio Santa Rosa Costa Silva e Viviane Gomes.
- A mentoria oferecida pelo INPI foi essencial para transformar nossa invenção em um ativo de propriedade intelectual sólido e protegido. A orientação nos permitiu compreender profundamente o processo de patenteamento, estruturar a documentação com clareza e identificar pontos estratégicos que potencializam a inovação. Foi a minha primeira experiência escrevendo um pedido de patente e, sem a mentoria dedicada do Hélio Santa Rosa, isso não teria sido possível - afirmou Pachiele Cabral.
A professora também destacou os impactos de longo prazo da iniciativa:
- Com o apoio técnico da equipe do INPI e a parceria com a UFRB, conseguimos avançar com segurança e profissionalismo, fortalecendo a cultura de inovação no ensino básico. Essa experiência nos mostrou que proteger o conhecimento é também um ato de valorização da ciência que nasce nos territórios e transforma realidades locais - concluiu.
O Programa de Mentorias do INPI segue em expansão para atender a cada vez mais pessoas, empresas e instituições em todo o Brasil, fomentando a inovação e o desenvolvimento regional.