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INPI divulga estudo sobre tecnologias verdes no setor de geração de energia
O Observatório de Tecnologias Verdes do INPI publicou, em setembro de 2025, um levantamento sobre os pedidos de patente relacionados à geração de energia com foco em sustentabilidade. O estudo reúne 13.022 documentos depositados no Brasil desde 2012, já publicados até julho de 2025, e apresenta informações estratégicas para subsidiar políticas públicas e apoiar a bioeconomia e a economia verde no país
As tecnologias analisadas abrangem diferentes fontes e sistemas de energia, como hidrelétrica, solar, eólica, térmica, oceânica, nuclear, biomassa e hidrogênio, além de células a combustível e redes inteligentes. O levantamento mostra que 80% dos pedidos estão concentrados em quatro categorias: combustíveis de biomassa, células de combustível, tecnologias de hidrogênio e energia eólica.
Entre os pedidos analisados, 39% foram considerados não válidos, 29% ainda aguardam decisão e outros 29% estão com patentes vigentes. Apenas 3% já foram extintas.
O estudo identificou 5.791 depositantes diferentes. Apenas 21 deles concentram 18% dos pedidos depositados no Brasil, sendo a Petrobras a única instituição brasileira entre os 20 maiores depositantes. Entre os estrangeiros, destacam-se empresas como Toyota (Japão), Nissan (Japão), BYD (China), Shell (Países Baixos) e General Electric (EUA).
No cenário nacional, foram contabilizados 1.886 pedidos de depositantes brasileiros, com destaque para parcerias entre empresas e instituições públicas ou sem fins lucrativos. A Petrobras lidera, tendo como principal cotitular a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também aparecem com relevância a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
Mais da metade dos pedidos de patente (52%) têm origem em três países: Estados Unidos, Alemanha e Japão. O Brasil aparece em segundo lugar no ranking de depósitos, com 1.886 pedidos, atrás apenas dos EUA. Entre os estados brasileiros, São Paulo concentra 32% dos pedidos nacionais, seguido por Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
O estudo mostra o papel estratégico das tecnologias verdes na descarbonização da economia, na redução da dependência de combustíveis fósseis e na promoção de inovação sustentável. Os dados reforçam o potencial do Brasil em áreas como biocombustíveis, hidrogênio e energia solar, além da importância da integração entre universidades, empresas e órgãos públicos na geração de soluções para a transição energética.
Acesse o painel interativo e o relatório completo na página do Observatório de Tecnologias Verdes.