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Estudo revela panorama tecnológico de baterias no mundo e no Brasil
Coordenado pelo INPI, o Grupo Técnico de Inteligência em Propriedade Industrial (GTIPI), que atua no âmbito do Grupo Interministerial de Propriedade Industrial (GIPI), elaborou um estudo setorial que traça um panorama do desenvolvimento tecnológico na área de baterias, com foco em pedidos de patente depositados no Brasil e no mundo.
O tema do estudo está alinhado à Missão 5 da Nova Indústria Brasil (NIB) — “Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas” — e destaca a importância estratégica das tecnologias de armazenamento de energia no contexto da transição para uma economia de baixo carbono.
Foram identificadas, globalmente, mais de 518 mil famílias de pedidos de patentes relacionadas a baterias depositados a partir de 2013, a maioria com aplicação na mobilidade elétrica. Os países asiáticos, especialmente China, Japão e Coreia do Sul, lideram o setor. A China, por exemplo, é responsável por mais de 65% das famílias identificadas, embora 93% delas estejam protegidas apenas em território chinês.
No Brasil, foram recuperados 1.599 pedidos de patente relacionados a baterias desde 2013. A maioria é de origem estrangeira, com destaque para empresas dos EUA, Japão e China. A Coreia do Sul aparece em sétimo lugar no ranking de depósitos no país.
Dentro dos pedidos de mobilidade, foram analisados os 352 documentos que tratam especificamente sobre baterias para veículos elétricos, onde se destacam alguns players asiáticos, como as japoneses Toyota, Toshiba, Nissan e Honda, a sul coreana LG, chinesa BYD e, e europeus, como as suecas Scania e Volvo, a suíça Innolith e a alemã Man Truck & Bus.
Ainda que nenhum depositante brasileiro figure entre os dez maiores, 8% dos depósitos são de residentes, o que posiciona o Brasil na quinta colocação em relação à origem das tecnologias depositadas localmente.
O estudo também colheu percepções de empresas e institutos de pesquisa brasileiros. As instituições acadêmicas destacaram projetos envolvendo tecnologias de íon-lítio e sódio, além de iniciativas voltadas à reciclagem e eficiência energética. Já as empresas apontaram a necessidade de apoio governamental, especialmente diante de desafios como a dependência de insumos importados e a falta de previsibilidade de mercado.