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ANS participa de encontro internacional sobre valor em saúde
Nos dias 25 e 26 de agosto, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) participou do 2º Congresso Latino-Americano de Valor em Saúde (Clavs’25). O evento, que aconteceu no Rio de Janeiro, foi uma oportunidade importante para a troca de experiências e para discussões relativas a estratégias que unem a qualidade da assistência à sustentabilidade financeira e à experiência do paciente. O encontro também apresentou os primeiros frutos do Acordo de Cooperação Remuneração Baseada em Valor na Saúde Suplementar, uma iniciativa firmada entre a reguladora, o Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (Ibravs), o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) e os conselhos regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito) 3 e 4.
A abertura do Clavs’25 contou com a presença da diretora-presidente interina da ANS, Carla Soares, e do diretor de Desenvolvimento Setorial, Maurício Nunes; do presidente do Ibravs, César Abicalaffe; do superintendente da Superintendência de Serviços de Saúde do Ministério da Saúde da Argentina, Claudio Stivelman; e do presidente da Asociación Latinoamericana de Sistemas Privados de Salud, Cristian Mazza.
“O projeto de remuneração da saúde baseada em valor foi iniciado na Agência há alguns anos, feito por muitas mãos, envolvendo diversas pessoas. Mas diante de todas as estratégias que viemos traçando ao longo dos anos, o que importa, de fato, são os resultados para os beneficiários. Então, eu acredito que esse trabalho em que temos avançado não é uma entrega só para a Agência e para a saúde suplementar, mas para o país, pois vai beneficiar mais de 50 milhões de pessoas”, salientou Maurício Nunes. Após sua fala, o diretor da ANS recebeu em primeira mão de César Abicalaffe a publicação “Framework IBRAVS: Um Caminho Prático para Valor em Saúde e Modelos de Remuneração Baseado em Valor” , material que poderá fornecer insumos para a atualização do guia da reguladora sobre o tema.
Em seguida, Carla Soares destacou ser uma honra estar presente no evento, representando a Agência. “Eu queria ressaltar que, no Brasil, temos um sistema ímpar, com três portas de acesso: a pública, a privada e a suplementar. Quanto ao sistema de saúde suplementar, é preciso entender que, embora ele nasça preocupado em garantir o acesso, ele também está relacionado às mudanças de comportamento dos consumidores e da sociedade. Cabe, portanto, ao órgão regulador buscar a melhoria da regulação.
E posso afirmar que temos caminhado em ações para uma mudança de cultura, que deve garantir não só o acesso, mas o valor em saúde e a percepção dos beneficiários dos planos de saúde. Por isso, as inciativas que serão tratadas aqui e eventos como esses são tão importantes, pois podemos pensar juntos essas estratégias”, pontuou.
Na sequência da programação, a gerente de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade dos Prestadores de Serviços da ANS, Raquel Lisboa, fez um panorama do Programa ANS Modelos de Remuneração Baseados em Valor, contando desde as primeiras pesquisas para se criar o projeto, as fases pelas quais ele passou até o status atual e a previsão de entregas nos próximos anos. O Acordo de Cooperação Remuneração Baseada em Valor na Saúde Suplementar faz parte do Programa Modelos de Remuneração Baseados em Valor da ANS, não prevê o repasse de recursos financeiros e tem duração prevista de 60 meses. Clique aqui para saber mais sobre o Programa da ANS.
Ao longo dos dois dias do evento, também foram apresentados, por blocos temáticos, os conhecimentos fundamentais de valor em saúde, os cinco principais modelos de remuneração baseados em valor, cases, a aplicação prática de modelos populacionais, entre outros assuntos.
O Clavs’25 contou com a participação de lideranças nacionais e internacionais que atuam na saúde suplementar, gestores públicos e privados, prestadores de serviços, profissionais de saúde e pesquisadores, os quais debateram os desafios da transição para o cuidado baseado em valor, buscando o aprimoramento e a consolidação de propostas que possam se tornar políticas efetivas.