União entre Governo Federal e municípios baianos reforça enfrentamento à estiagem com ações emergenciais e estruturantes

Brasília (DF) - Com o agravamento da seca na Bahia, que já deixou 63 municípios em situação de emergência, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes recebeu o governador Jerônimo Rodrigues e  prefeitos do norte e nordeste da Bahia para traçarem estratégias de enfrentamento à estiagem no estado. A reunião, que ocorreu nesta terça-feira (9), debateu ações emergenciais e estruturantes para garantir segurança hídrica à população. A agenda marca a parceria entre União, estado e municípios na construção de soluções conjuntas para salvar vidas e preservar os modos de vida no semiárido baiano.

Durante o encontro, que contou com a presença de representantes de diversos ministérios — como Casa Civil, Cidades, Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Codevasf —, foram discutidas ações imediatas como a intensificação da operação carro-pipa, a distribuição de cestas básicas e de milho para alimentação animal, além de medidas de médio e longo prazo, como a construção de barragens, adutoras e a penerização de rios temporários.

“Reafirmo o compromisso integral do governo do presidente Lula com a Bahia e com os baianos no enfrentamento à seca. Não só com assistência humanitária, mas também com projetos estruturantes para garantir segurança hídrica, resiliência e dignidade para as pessoas afetadas”, declarou o ministro Waldez Góes. “O presidente nos orienta a atuar com rapidez e diálogo com estados e municípios, especialmente em momentos tão críticos como este. Nosso compromisso é garantir que ninguém fique para trás”, completou.

Segundo o governador Jerônimo Rodrigues, a seca na Bahia já alcança dimensões críticas, com prejuízos no abastecimento de água para consumo humano e perdas na agropecuária. “Voltamos hoje a Brasília não para reivindicar, mas para construir soluções com o Governo Federal. Tratamos de carro-pipa, cestas básicas, máquinas para limpeza de aguadas e construção de barragens. Também trouxemos pautas como alimentação animal e adutoras. Agradeço, em nome da Bahia, o presidente Lula e o ministro Waldez pela escuta e disposição em nos ajudar”, afirmou.

Com a situação no estado, alguns municípios já têm parte do seu território caracterizado como árido, não mais semiárido. O estado estima que, nos próximos dias, mais de 150 municípios possam estar em situação de emergência.

Prefeitos presentes também relataram as dificuldades vividas no interior. Emanuel Rodrigues, prefeito de Rodelas, reforçou a urgência de medidas combinadas. “Precisamos de milho, carro-pipa, máquinas forrageiras, limpeza de aguadas e projetos de adutoras. Nossa região já é considerada árida. Temos riachos que, se perenizados, podem ser uma solução importante para garantir água.”

Além das ações emergenciais, a articulação entre os entes federativos definiu os próximos passos: o Governo Federal irá reunir outros ministérios para avaliar as demandas apresentadas e construir respostas integradas. Já o Governo da Bahia se comprometeu a mobilizar sua bancada parlamentar e prefeitos para garantir recursos e apoio político às medidas necessárias.

Obras permanentes

Para o secretário nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Vieira, é essencial avançar também na estruturação de obras permanentes. “As soluções emergenciais são fundamentais neste momento, mas temos que pensar também na segurança hídrica do futuro. Ações como adutoras e barragens são vitais para garantir resiliência e o novo PAC já está garantindo soluções hídricas para todo o Nordeste,” afirmou o secretário.

O diretor substituto do Cenad, Leno Queiroz, destacou que a operação carro-pipa continua sendo um dos principais mecanismos de apoio do Governo Federal. “Sob a liderança do presidente Lula, não deixamos faltar operação carro-pipa nos municípios que sofrem com a seca. Mas é essencial que os gestores locais façam a solicitação por meio do sistema S2ID e fiquem atentos aos prazos de renovação da Operação”, declarou.

A reunião foi marcada por um tom de cooperação e senso de urgência. “Sabemos que a seca é um problema histórico, mas também sabemos que a união entre os entes federativos pode fazer a diferença. E é esse caminho que estamos trilhando com o presidente Lula”, finalizou Waldez Góes.

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