Notícias
Efeitos da reforma tributária são tema de audiência no MTE
Foto: Miss Fêrr
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, recebeu, nesta segunda-feira (17), representantes do Sindicato Intermunicipal de Lavanderias do Estado de São Paulo (SindLav) para uma conversa sobre os possíveis impactos da regulamentação da reforma tributária no segmento de lavanderias que atendem hospitais, unidades de saúde públicas e privadas. no federal.
O presidente do SindLav, Everth Bonavolontá, destacou ao ministro que o setor integra de forma direta a cadeia de saúde e desempenha função essencial na segurança sanitária. “As lavanderias hospitalares são parte fundamental do cuidado, e isso ficou evidente durante a pandemia, quando fomos reconhecidos como serviço essencial. Qualquer mudança que aumente nossos custos acaba impactando toda a cadeia de saúde”, afirmou.
Segundo Bonavolontá, mudanças previstas na legislação complementar da reforma tributária poderão elevar custos operacionais e comprometer a sustentabilidade das empresas, especialmente aquelas que atendem o sistema público, que não tem direito a créditos tributários. A entidade alertou que, sem um enquadramento adequado, os hospitais poderão enfrentar aumento de despesas, o que contrariaria o objetivo da reforma de reduzir custos na saúde. “O setor precisa ser compreendido pelas autoridades. Não estamos falando apenas de lavagem de roupas, mas de um serviço que garante higiene, proteção e segurança aos pacientes e profissionais”, explicou Bonavolontá.
Um dos pontos abordados na audiência foi o caráter social da atividade, marcada pela alta geração de empregos e pela presença significativa de mulheres em situação de vulnerabilidade. “Mesmo com modernização, o nosso setor continua empregando muita gente. É uma porta de entrada importante para trabalhadores que dependem desse emprego para sustentar suas famílias”, afirmou o presidente do sindicato.
O ministro Luiz Marinho afirmou que o governo está disposto a considerar as preocupações apresentadas. “O ministério vai analisar com atenção cada ponto trazido por vocês. O diálogo é fundamental para que a regulamentação avance de forma equilibrada e reconhecendo as especificidades de cada setor”, afirmou.