O Brasil sediará, em novembro de 2025, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém (PA), reunindo representantes de mais de 190 países para avançar nas negociações sobre a agenda climática global. Além das discussões diplomáticas e ambientais, o evento destacará temas diretamente ou transversalmente ligados às políticas do Ministério do Trabalho e Emprego, como a transição justa para uma economia de baixo carbono e os efeitos do estresse térmico sobre a saúde dos trabalhadores. Esses temas atendem a recomendações nacionais e internacionais, incluindo a campanha da OIT lançada em 2024 sobre mudança climática e trabalho decente. Com mais de R$ 5 bilhões já investidos pelo governo federal em infraestrutura, a COP30 também representa uma oportunidade para o país reforçar seu papel nas negociações multilaterais e ampliar o debate sobre justiça climática e inclusão social.
ANTECEDENTES - Com uma longa trajetória de participação em fóruns multilaterais, como a ECO-92 e a Rio+20, o Brasil chega à COP30 com o desafio de articular avanços significativos na agenda climática global. A conferência dará continuidade aos compromissos do Acordo de Paris e às decisões da COP29, com foco em limitar o aquecimento global a 1,5°C, alinhar metas de emissões com a ciência climática e promover o financiamento climático para países em desenvolvimento.
Durante o evento, o Brasil pretende apresentar soluções baseadas no uso de energias renováveis, no avanço dos biocombustíveis, na agricultura sustentável e na preservação de florestas e da biodiversidade.
RECEBER O MUNDO - Para viabilizar a realização da COP30, o Governo Federal criou, em março de 2024, a Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop), ligada à Casa Civil da Presidência da República. A Secop é responsável por coordenar e monitorar as ações da União, do Estado do Pará e da cidade de Belém.
TEMAS CENTRAIS DA COP30
Conheça os principais eixos de discussão da conferência estão:
- Redução das emissões de gases de efeito estufa;
- Adaptação aos impactos das mudanças climáticas;
- Financiamento climático para países em desenvolvimento;
- Tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono;
- Preservação ambiental e biodiversidade;
- Justiça climática e proteção das populações vulneráveis.
Esses temas deverão guiar os debates e negociações diplomáticas, na busca por compromissos ambiciosos e ações efetivas no curto e médio prazo.
TECNOLOGIA DE PONTA - Daniel Bitencourt, O tecnologista da Fundacentro, ligada ao MTE, é o principal responsável pelo aplicativo Monitor IBUTG, ferramenta gratuita que avalia a exposição ocupacional ao calor e contribui para a adaptação dos locais de trabalho às mudanças climáticas. Com previsão de estresse térmico para horas e dias seguintes, o app oferece orientações específicas para diferentes situações laborais, ajudando a proteger a saúde e o bem-estar dos trabalhadores expostos ao calor extremo. A solução está disponível no portal da Fundacentro e nas lojas Google Play e App Store.
PARA TODOS - A cobertura da COP30 será ampla e acessível. As sessões e discussões do evento serão transmitidas ao vivo por plataformas digitais, redes sociais, canais oficiais do Governo Federal e emissoras parceiras, permitindo que o público acompanhe os debates em tempo real e participe do movimento global pela ação climática.
SUSTENTABILIDADE - A organização da COP30 em Belém também tem como prioridade a sustentabilidade do próprio evento. Estão previstas ações como compensação de emissões de carbono, uso de energia renovável nas instalações, e estímulo à economia circular, com foco em reciclagem e reutilização de materiais.
Além do impacto ambiental positivo, a conferência deverá gerar benefícios econômicos e sociais para a cidade, como geração de empregos temporários, aumento do turismo e aquecimento dos setores de serviços, comércio e hotelaria. Para o Brasil, o evento também representa uma vitrine para atrair investimentos internacionais em tecnologia ambiental e energia limpa.
PREPARATIVOS - Até o momento, o governo já investiu quase R$ 5 bilhões, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Itaipu Binacional e do Orçamento Geral da União, em obras de infraestrutura urbana e logística na capital paraense. A expectativa é que a conferência reúna dezenas de milhares de participantes, exigindo uma estrutura de alto padrão para mobilidade, segurança, comunicação e hospedagem.