O Brasil assume neste ano a presidência rotativa do BRICS, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia,
China e África do
Sul, além de novos membros recém-admitidos, como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos,
Etiópia e Irã. O
grupo se reúne anualmente para discutir questões políticas, econômicas e sociais".
Com o mote "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança Mais Inclusiva e
Sustentável", a presidência
brasileira tem por objetivo promover uma governança global mais inclusiva e sustentável, com
foco na cooperação
econômica e no enfrentamento das mudanças climáticas.
As principais prioridades do Grupo de Trabalho (GT) sobre Emprego do BRICS, coordenado pelo
Ministério do Trabalho e
Emprego ( MTE) são:
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Inteligência Artificial (IA)
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Futuro do Trabalho
A transformação digital está revolucionando o mercado de trabalho, com a automação de processos
e o surgimento de
novas ocupações, como o trabalho em plataformas digitais. Embora a IA possa aumentar a
produtividade e abrir novos
mercados, ela também traz riscos, como a substituição de tarefas humanas, potencial aumento das
desigualdades e a redução da renda dos trabalhadores.
Na arena de Debates:
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Impacto da IA (incluindo a generativa), no mercado de trabalho;
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Promoção de indústrias emergentes com potencial para gerar novas oportunidades de emprego;
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Desenvolvimento de políticas de proteção social e apoio aos trabalhadores deslocados,
especialmente para grupos
vulneráveis, como trabalhadores mais velhos e mulheres;
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Incentivo à cultura de aprendizagem contínua para que os trabalhadores possam atualizar suas
habilidades;
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Impactos das Mudanças Climáticas no Mundo do Trabalho e uma Transição Justa.
As mudanças climáticas representam hoje riscos significativos para os trabalhadores, como
interrupções na
infraestrutura e perda de empregos. Por
outro lado, a transição para economias de baixo carbono oferece oportunidades para a criação de
empregos verdes,
melhoria das habilidades e promoção do desenvolvimento inclusivo.
Na arena de Debates:
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Atenuar os impactos específicos das mudanças climáticas e das políticas climáticas sobre o
emprego;
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Desenvolvimento de políticas e estratégias para uma transição inclusiva que ofereça
oportunidades de trabalho
decente;
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Envolvimento dos principais parceiros e promoção do diálogo social para criar empregos
dignos;
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Integração das preocupações com saúde e segurança ocupacional nas políticas públicas para
enfrentar os impactos
das mudanças climáticas;
Retrospecto dos Debates: Em reuniões anteriores, os ministros e ministras do Trabalho e Emprego
dos países do BRICS
discutiram temas como:
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Impacto da Indústria 4.0 e das mudanças tecnológicas no futuro do trabalho.
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Automação e IA.
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Promoção da educação e desenvolvimento de habilidades para preparar a força de trabalho para
a nova economia digital.
Durante a pandemia de Covid-19, o foco esteve no teletrabalho (home office) e nas mudanças no
ambiente de trabalho, com ênfase na
digitalização acelerada.
Transição - Além disso, os impactos das mudanças climáticas no emprego e a necessidade de uma
transição justa para uma economia
mais sustentável têm se tornado cada vez mais relevantes nas discussões do BRICS, especialmente
em
relação ao compromisso com o Acordo
de Paris e estratégias para promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo.
A expectativa para a 11ª reunião dos Ministros do Trabalho e Emprego do BRICS, que terá seu
ponto
alto no dia 25 de abril de 2025, em Brasília (DF), é:
Apresentar relatórios e estudos por meio da Rede de Institutos de Pesquisa do Trabalho do BRICS
e construir uma Declaração dos Ministros do
Trabalho e Emprego com recomendações
apropriadas aos líderes do BRICS. Essas iniciativas têm por objetivo promover o trabalho decente
e o
desenvolvimento sustentável do
mercado de trabalho nos países membros, alinhando-se às prioridades estabelecidas pela
presidência
brasileira.
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