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Trabalho e Emprego
Ministro Luiz Marinho fortalece parceria com empresas em Goiás para ampliar intermediação de vagas pelo Sine
Foto: Allexandre Silva / MTE
A intermediação de vagas de emprego por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine) foi um dos principais destaques da visita do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a Goiânia, nesta quinta-feira (3). Na ocasião, o ministro assinou um protocolo de intenções com a Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (ADIAL), com o objetivo de facilitar a captação de trabalhadores pelas empresas associadas, utilizando as ferramentas do Sine.
“Queremos conectar as vagas ofertadas pelas empresas para fortalecer o Sine, em um modelo que atenda tanto os trabalhadores quanto os empregadores”, destacou o ministro Luiz Marinho durante a assinatura do protocolo de intenções com a ADIAL.
A Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (ADIAL), que representa mais de 7 mil empresários, utilizará as ferramentas do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e da plataforma digital Emprega Brasil para divulgar oportunidades de trabalho. As vagas também serão disponibilizadas por meio do aplicativo da CTPS Digital, ampliando significativamente o alcance entre candidatos e empregadores.
Segundo o presidente da ADIAL, Edwal Freitas Portilho, o acordo vai permitir uma captação mais ágil e assertiva de profissionais. “Com essa parceria, as vagas cadastradas pelas empresas chegarão diretamente aos trabalhadores por meio das ferramentas do Sine, facilitando a contratação e promovendo maior eficiência na intermediação de mão de obra”, afirmou.
Por meio da parceria, a ADIAL ficará responsável por acompanhar o cadastramento das vagas de emprego no Portal Emprega Brasil, enquanto o Ministério do Trabalho e Emprego prestará suporte técnico para a operacionalização do processo, com o objetivo de identificar trabalhadores com o perfil profissional adequado às ocupações disponibilizadas no sistema.
Redução da jornada de trabalho – Durante almoço com empresários na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, abordou temas relevantes para o setor, como a redução da jornada de trabalho e as políticas da pasta voltadas ao estado. Ele destacou que a discussão sobre a jornada deve ocorrer no âmbito do Parlamento, mas reforçou que o diálogo entre trabalhadores e empregadores é essencial para construir consensos.
“O tema precisa ser tratado com responsabilidade e negociação. A jornada 6x1 é cruel, especialmente para as trabalhadoras, e afeta diretamente o comércio. Isso precisa ser resolvido por meio do diálogo e da composição entre as partes”, afirmou o ministro.
Para o ministro Luiz Marinho, a economia brasileira tem condições de suportar uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. Ele relembrou que, durante a Constituinte, já havia a possibilidade de uma redução gradual da carga horária, mas as centrais sindicais optaram por exigir a diminuição imediata. “Essa postura acabou inviabilizando o avanço. Agora é hora de retomar o debate e buscar uma negociação efetiva”, avaliou.
O ministro também abordou a questão da abertura do comércio aos domingos e feriados. “É importante lembrar que a abertura aos domingos já está prevista em lei. O que ocorreu foi que uma portaria do governo anterior, de forma inconstitucional, deliberou sobre o funcionamento do comércio também nos feriados”, explicou. Para corrigir essa irregularidade, o Ministério do Trabalho e Emprego publicou uma nova portaria e, segundo o ministro, “ela será republicada até que se alcance um consenso entre empregadores e trabalhadores”.
Outro ponto debatido com os empresários foi a pejotização — prática que consiste na contratação de trabalhadores como pessoas jurídicas para burlar o vínculo empregatício. “A pejotização não só atrapalha, ela destrói. Prejudica a Previdência, o Fundo de Garantia e o Sistema S. É preciso compreender isso, senão vamos acabar comprometendo tudo o que levamos décadas para construir”, alertou Marinho.
Esses temas também foram discutidos à noite, durante encontro com representantes de sindicatos, promovido pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg). O ministro participou do debate ao lado de professores, estudantes, lideranças sindicais e trabalhadores, em um auditório lotado. Na ocasião, reforçou a importância desses espaços como forma de engajar a sociedade em torno da pauta da redução da jornada de trabalho.
Ainda em Goiânia, Luiz Marinho visitou a Região da 44, importante polo do comércio de moda da capital e maior parque público comercial da América Latina, responsável por grande geração de empregos no estado. Durante a visita, o ministro se reuniu com empresários locais para discutir como as políticas do MTE, especialmente o microcrédito orientado, podem impulsionar ainda mais oportunidades de trabalho e renda na região.
Carteira assinada – Em coletiva à imprensa local, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou a importância de incentivar o emprego formal, especialmente entre os jovens. “Muita gente afirma que os jovens não querem trabalhar com carteira assinada. Isso não é verdade. Os dados do Caged de maio, divulgados na última segunda-feira, mostram que mais de 80% das mais de 148 mil vagas formais geradas no mês foram ocupadas por pessoas com até 24 anos de idade, o que contradiz totalmente esse discurso”, ressaltou.
Em Goiás, mais de 56 mil novos empregos com carteira assinada foram criados em 2025. Somente no mês de maio, o estado gerou 1.447 novos postos de trabalho. A maioria dessas vagas foi ocupada por mulheres e por pessoas com ensino médio completo. O grupo entre 18 e 24 anos foi o que registrou o maior saldo de vagas no estado, com 2.651 postos criados no mês.
Segundo dados do Novo Caged, em todo o país, foram geradas 1.051.244 vagas formais nos cinco primeiros meses de 2025, com saldo positivo nos cinco principais setores da economia. “Somente em maio, geramos mais de 148 mil novas vagas com carteira assinada”, finalizou o ministro.