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Trabalho e Emprego
Sala do Migrante completa seis meses com mais de 600 atendimentos e quase 3,7 mil serviços prestados em MS
Foto: Arquivo MTE
Em atividade desde fevereiro de 2025, a Sala do Migrante, instalada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul (SRTE/MS), encerrou seus primeiros seis meses de funcionamento com 610 atendimentos a estrangeiros e 3.687 serviços prestados. A iniciativa tem como foco apoiar a regularização da permanência no país e facilitar o acesso ao trabalho com carteira assinada.
Consolidando-se como uma referência no acolhimento e na inclusão de migrantes no mercado formal sul-mato-grossense, a Sala já encaminhou 343 pessoas de 16 nacionalidades para oportunidades em empresas da região. Atualmente, mais de 40 empresas de Mato Grosso do Sul, que enfrentam dificuldades para preencher seus quadros ou desejam contratar trabalhadores migrantes de forma regular, buscaram apoio na unidade.
Para o superintendente regional do Trabalho, Alexandre Cantero, os primeiros meses da Sala demonstram a importância dessa política pública:
“A Sala do Migrante foi criada com a missão de acolher, orientar e inserir. Nosso foco é garantir dignidade, trabalho decente e combater qualquer forma de exploração. O Brasil tem o dever de acolher com respeito quem chega em busca de oportunidades”, enfatiza.
O projeto conta com o apoio da Federação das Indústrias de MS (FIEMS), por meio do Comitê Empresa-Escola (CEMPE), e do Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (SICADEMS). Também é fundamental a parceria com a Universidade Estadual de MS (UEMS), por meio do programa UEMS Acolhe.
Os atendimentos são realizados por lideranças das próprias comunidades migrantes: Junel Ilora (Associação Haitiana) e Mirtha Carpio (Associação Venezuelana). A atuação deles tem sido uma ponte essencial entre os imigrantes e os serviços públicos. “Eu sei o que é chegar a um país diferente, sem saber aonde ir ou a quem pedir ajuda. Passei por isso sem ter ninguém. Hoje, poder orientar outras pessoas é uma missão que me enche de orgulho”, relata Junel.
Com resultados concretos e histórias de superação, a Sala do Migrante se destaca como uma política pública humanizada, que transforma realidades e abre caminhos para um novo começo.