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Alagoas e Goiás lideram alta das despesas correntes no 2º bimestre de 2025
Os Estados de Alagoas (36%) e Goiás (27%) apresentaram os maiores crescimentos, em termos percentuais, de suas despesas correntes no 2º bimestre de 2025 em relação ao mesmo bimestre de 2024, enquanto Amapá (1%) e Rio de Janeiro (5%) tiveram os menores índices de crescimento desse indicador no período. Os dados estão no Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco dos Estados + DF do 2º bimestre de 2025, publicado nesta terça-feira (24/06) pelo Tesouro Nacional.
Na comparação entre os bimestres, todos os Estados apresentaram elevação em suas despesas correntes, sendo que em 21 das 27 UF analisadas o percentual de crescimento desse indicador foi superior ao observado na receita corrente. A análise considera as receitas correntes realizadas e despesas correntes liquidadas referentes ao 2º bimestre (março e abril) de 2025.
Quando considerada a receita corrente realizada, os Estados que apresentaram os maiores aumentos no período analisado foram Rio de Janeiro (16%) e Mato Grosso (15%). Já os Estados do Amapá (-15%), Maranhão (-8%), Pernambuco (-3%) e Bahia (-3%) tiveram queda na comparação entre os bimestres.
Composição das despesas
As despesas de pessoal tiveram a maior participação na composição das despesas liquidadas em relação à receita total em todos os Estados até o 2º bimestre de 2025, com destaque para Rio Grande do Norte (73%), Rio Grande do Sul (63%) e Mato Grosso do Sul (60%). Por outro lado, os Estados com menores gastos nessa rubrica foram o Piauí (39%), Ceará (40%) e Maranhão (42%).
Outro grupo importante de gastos dos entes subnacionais são as despesas de investimentos, com os maiores níveis verificados no Piauí (16%), Espírito Santo (11%) e Pará (11%). Já os Estados que tiveram os menores percentuais de suas receitas totais aplicadas em investimentos foram Rondônia (0%), Minas Gerais (1%), Rio Grande do Norte (1%), Roraima (1%), Rio Grande do Sul (1%) e Tocantins (1%).
Despesas por função
O RREO em Foco também apresenta os dados estaduais de despesas por função, que revela quanto os Estados gastam proporcionalmente em suas áreas de atuação, como educação, saúde, segurança pública e previdência social, entre outras. A composição da Despesa Total por Função leva em consideração as despesas liquidadas por função em relação à despesa total do 2º bimestre de 2025.
Na função Educação, os maiores percentuais de gasto em relação ao total foram registrados no Acre (24%), Amapá (24%), e Paraná (24%). Por outro lado, os Estados de Alagoas (9%), do Espírito Santo (10%) e do Rio de Janeiro (11%) apresentaram os menores índices desse tipo de despesa.
Quando consideradas as despesas com Saúde, os maiores valores percentuais foram verificados nos Estados do Tocantins (25%), de Pernambuco (24%), de Roraima (21%) e do Sergipe (21%). Já os Estados do Mato Grosso do Sul (9%), Rio Grande do Norte (9%), Mato Grosso (11%) e São Paulo (11%) apresentaram os menores gastos relativos nessa função no bimestre.
Em Segurança Pública, Minas Gerais (22%), Alagoas (17%), Rio de Janeiro (16%) e Rondônia (16%) destacaram-se com as maiores alocações. Em contraste, Distrito Federal (4%) e São Paulo (5%) apresentaram os menores percentuais de despesa empenhada nessa função.
Por fim, na função Previdência Social, as maiores alocações foram feitas pelos Estados do Rio Grande do Norte (41%), Rio de Janeiro (27%) e Rio Grande do Sul (26%), enquanto as menores foram registradas pelos Estados do Amapá (1%), de Roraima (4%) e de São Paulo (9%).
Restos a pagar e dívida consolidada
Os Estados que pagaram os maiores percentuais de Restos a Pagar (RAP) até o 2º bimestre de 2025 em relação ao total de RAP inscritos até 31 de dezembro de 2024 foram Distrito Federal (77%), Mato Grosso do Sul (76%) e Santa Catarina (74%). Os menores índices de pagamento foram registrados pelos Estados do Amapá (15%), Rio Grande do Sul (33%) e Acre (34%). Um baixo percentual de RAP pago ao longo do ano é um indicativo de dificuldade em honrar despesas antigas.
O Relatório traz ainda a variação da Dívida Consolidada (DC) até o 2º bimestre do ano em relação à Dívida Consolidada em 31 de dezembro de 2024. No período analisado, Piauí (11%), Paraíba (6%) e Pará (6%) foram os Estados que tiveram os maiores crescimentos neste indicador, enquanto o Maranhão (-14%), Rio Grande do Norte (-12%) e Acre (-7%) foram os Estados que mais reduziram a DC no período.
RREO em Foco
O RREO em Foco - Estados e DF é uma publicação bimestral que traz os principais dados da execução orçamentária das 27 Unidades da Federação, reunindo as informações da execução orçamentária de todos os poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário, incluindo também o Ministério Público e a Defensoria Pública.
O relatório é elaborado com base nos documentos que os próprios entes publicam no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), gerido pelo Tesouro Nacional.