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Seminário debate resultados obtidos no Ideb 2019
Apresentar os resultados nacionais da edição de 2019 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Com esse objetivo, Carlos Eduardo Moreno Sampaio, diretor de Estatísticas Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), participou, nesta sexta-feira, 9 de outubro, da 31ª edição do Seminário do Escritório de Evidências, promovido pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Na oportunidade, Moreno ressaltou que entender a importância da abordagem e compreender o indicador são processos fundamentais. “No Brasil, o monitoramento das escolas e das redes de ensino é feito por meio do Ideb, que relaciona o desempenho dos estudantes em avaliações externas de larga escala com dados do fluxo escolar”, destacou.
Sobre o cálculo do Ideb, Moreno explicou que a fórmula é “simples”. Os resultados dos testes de língua portuguesa e matemática são padronizados em uma escala de 0 a 10. Após esses resultados, a média dessas duas notas é multiplicada pela média das taxas de aprovação das séries de cada etapa avaliada (anos iniciais do ensino fundamental, anos finais e ensino médio), que, em percentual, varia de 0 a 100.
De acordo com os resultados do Ideb 2019, os anos iniciais do ensino fundamental contam com 15 milhões de alunos e 109 mil escolas. A rede municipal tem uma participação de 67,6% (10,2 milhões de alunos) no total de matrículas e concentra 83,7% dos alunos da rede pública. Nessa etapa de ensino, 19,2% dos alunos frequentam escolas privadas.
Moreno destacou os resultados obtidos pelos estados nos anos iniciais. “São Paulo liderou o Ideb nos anos iniciais, atingindo a nota de 6,7. Alagoas está saindo das últimas posições e melhorando sua colocação no Ideb, ou seja, percebe-se que o estado está se esforçando para melhorar e bater a meta proposta”, ponderou.
Nos anos finais do ensino fundamental, são 11,9 milhões de alunos e 61,8 mil escolas. Com 4,9 milhões de alunos, a rede estadual tem uma participação de 41,6% no total de matrículas dos anos finais. Já no ensino médio, são 7,5 milhões de alunos e 28,8 mil escolas. A rede estadual tem uma participação de 83,9% no total de matrículas e concentra 95,9% dos alunos da rede pública.
Debate – Ao ser questionado sobre a retomada de crescimento do ensino médio, Moreno acredita que “não há um consenso, mas é possível apontar alguns fatores que acabam influenciando, como o crescimento do número de matrículas em tempo integral no ensino médio”. Rossieli Soares da Silva, secretário de Educação do Estado de São Paulo, lembrou outro fator considerado para a retomada. “Engajamento de forma geral, mas ter essa iniciativa dos próprios alunos é importante também. Todas as iniciativas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) vem para despertar e dar novas alternativas para os jovens”, completou.
Ideb – O índice foi criado em 2007 para monitorar o desempenho da educação no Brasil. Ele reúne, em um só indicador, os resultados de duas dimensões de qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação, obtidos no Censo Escolar, e dos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Assessoria de Comunicação Social do Inep