Infraestrutura e Logística
A logística de transporte perpassa diferentes modais e infraestruturas e é elemento estratégico para o crescimento e a competitividade do agronegócio brasileiro. O transporte de produtos das áreas de originação até os pontos de consumo ou exportação é assunto tratado em âmbito interministerial, pois não versa apenas sobre os aspectos relacionados a produção agropecuária, por depender, também, da infraestrutura viária, em todos os modais, além dos portos e capacidade de armazenagem bem dimensionada.
O MAPA acompanha junto aos órgãos competentes, as ações que envolvam projetos e obras estruturantes que impactem na logística do agronegócio brasileiro, com vistas a viabilizar um adequado e eficiente escoamento da produção agropecuária. Isso envolve visitas técnicas aos diversos corredores, para aferir as reais condições da infraestrutura existente, ensejando a formulação de propostas para as adequações e melhorias necessárias.
O MAPA atua ativamente na indução dos projetos de infraestrutura e logística que resultem no fortalecimento e o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário. Perseguindo esses objetivos, articula permanentemente com outros órgãos e entidades da administração pública federal, apresentando proposições acerca das demandas do setor produtivo. Nesse sentido, coordena, com o apoio da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do agronegócio, estudos para apoiar, implementar, promover e avaliar a execução de programas e projetos relacionados à infraestrutura e à logística, e ainda participa de negociações na formulação de acordos, tratados, termos de cooperação e convênios concernentes ao desenvolvimento da infraestrutura logística relacionada ao setor produtivo.
ESCOAMENTO DE SAFRA
Arco Norte
Acompanhando a tendência de mudança no rumo logístico para escoamento da produção o MAPA tem incentivado o desenvolvimento e a consolidação dos portos e os corredores de exportação do Arco Norte, compostos pelos terminais de embarque localizados nas regiões Norte e Nordeste do país.
Fruto de discussões do setor produtivo o Arco Norte é definido por uma linha imaginária que atravessa o território brasileiro no Paralelo 16º Sul, passando próximo as cidades de Ilhéus (BA), Brasília (DF) e Cuiabá (MT). Os portos de principal interesse do agronegócio que compõem esse segmento logístico são os de Itacoatiara (AM), Santarém e Barcarena (PA), Santana (AP), São Luís (MA), Salvador e Ilhéus (BA).
A grande inovação do Arco Norte decorre da menor distância entre as áreas de produção, no Estado do Mato Grosso e os portos exportadores, o que também se verifica na nova fronteira agrícola do MATOPIBA. Outro fator positivo é a possibilidade da intermodalidade no transporte (rodo-hidroviário e rodo-ferroviário), o que concorre para a melhoria da competitividade na exportação e a redução no custo da logística de transporte.
Modais mais competitivos na movimentação de grandes volumes, à exemplo do hidroviário e ferroviário, ensejam ganho de escala e são mais adequados ao transporte de produtos de baixo valor agregado, caso das commodities agrícolas, que têm na otimização da logística, o diferencial para ampliação da renda do produtor rural.
Por esses motivos, o MAPA vem articulando com outros órgãos da Administração Pública, buscando a consolidação das rotas de exportação pelos corredores de exportação do Norte e Nordeste, mediante o desenvolvimento da infraestrutura viária e portuária para atendimento das demandas atuais e futuras, considerando a vertiginosa evolução da produção agrícola e a participação do Brasil no mercado internacional de alimentos.
O resultado deste trabalho é visível quando analisada a participação dos mencionados portos na exportação de soja, milho e algodão, nos últimos 10 anos. De acordo com os dados do MDIC, em 2012, 16% da exportação se deu pelos portos do Arco Norte, enquanto em 2022 essa marca alcançou 36%, mesmo com o vertiginoso aumento dos volumes exportados. Ainda mais animadora é a constatação dos volumes envolvidos, que passaram de 10 milhões de toneladas em 2012 para mais de 50 milhões de toneladas em 2022, devendo ultrapassar esse valor em 2023, conforme dados preliminares da tabela abaixo
Tabela 1: Participação do arco norte nas exportações de grãos do Brasil entre 2012 e 2023
FONTE: Comexstat/MDIC, organizado por SPA/MAPA
De olho no futuro, a expansão das exportações pelo arco norte passa pela manutenção do diálogo permanente com os órgãos de governo envolvidos na formulação de políticas de transportes e portuárias, bem como na execução das obras estruturantes, pontuando os gargalos e as rotas de maior interesse do setor agropecuário.
Grupo de Trabalho de Acompanhamento do Escoamento de Safra – GT-Safra
(Portaria Interministerial nº 231, de 24 de abril de 2013)
Devido ao histórico do engarrafamento ocorrido durante o escoamento da safra de 2012/2013 no Porto de Santos/SP, pelo desordenado fluxo de caminhões, foi instituído, por meio da Portaria Interministerial nº 231, de 24 de abril de 2013, em caráter permanente, o Grupo de Trabalho de Acompanhamento do Escoamento de Safra, também conhecido como GT-Safra.
Composto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPA), Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Confederação Nacional do Transporte (CNT) e Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), periodicamente o GT-Safra se reúne com os objetivos de:
I. Analisar o cenário atual de superprodução agrícola e suas perspectivas, com o objetivo de elaborar propostas de curto, médio e longo prazos, para mitigar o congestionamento de veículos de cargas nos acessos portuários e nos terminais de transbordo e armazenagem de cargas;
II.Identificar e levantar os estudos já realizados e as melhores práticas utilizadas no país e no exterior para o escoamento de safras, de modo a propor subsídios necessários a um planejamento de obras e serviços que seja correspondente às necessidades estratégicas da produção do agronegócio brasileiro;
III.monitorar a movimentação de grãos desde as regiões produtoras até os portos e terminais de destinos, a fim de identificar os gargalos existentes nos principais eixos de transportes que compõem os corredores logísticos e propor alternativas de escoamento, considerando a existência de instalações que permitam o transbordo, as armazenagens de cargas e a integração entre os modais de transportes;
IV.propor um plano de ação com o objetivo de oferecer elementos capazes de orientar a iniciativa pública e privada, na priorização de investimentos direcionados às alternativas de escoamento que propiciem melhorias no desempenho do transporte de grãos; e
V.Identificar, relacionar e viabilizar, junto aos respectivos órgãos, as potenciais fontes de recursos para o desenvolvimento das ações propostas.
O reordenamento nos processos da recepção rodoviária nos terminais de Santos com o agendamento prévio para o ingresso de caminhões no porto, aliados à outras medidas, surtiram o efeito desejado, otimizando as operações portuárias, com a desobstrução das áreas adjacentes ao porto.
Boletim de Exportação - Soja, Milho e Algodão
2016
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
2017
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
2018
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
2019
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
2020
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
2021
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
2022
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
2023
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
2024
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
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Observação: Os boletins também podem ser acessados pelo link das principais publicações de Política Agrícola