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Mulheres que inspiram as mulheres da AGU: veja a quarta reportagem da série
Das muitas mulheres que compõem a estrutura da Advocacia-Geral da União (AGU), dentre as inúmeras que desempenham suas funções na instituição com competência, profissionalismo e dedicação, duas delas tiveram a sorte de terem em casa a primeira inspiração para se realizarem pessoal e profissionalmente, apesar das dificuldades e preconceitos de gênero ainda presentes no país.
No Mês da Mulher, perguntamos a elas quais são as mulheres que inspiram as mulheres da AGU. Veja as respostas que algumas delas nos deram na quarta matéria dessa série especial.
Luta pela ocupação de espaços
A diretora de Logística e Gestão Documental da Secretaria-Geral de Administração (SGA), Fábia Lopes Junqueira, elenca diversas referências ao longo do tempo, inspirações do passado que carrega até hoje e lideranças atuais. São, nas palavras dela, mulheres decididas, guerreiras e amáveis. Mas a homenagem dela começa com a “mulher mais sábia e forte que eu conheço”.
“A minha maior inspiração, sem dúvida, vem da minha mãe, Cleonice Lopes Junqueira. Meu exemplo de mulher, filha e mãe! De uma família de sete irmãos, foi a única mulher a se formar junto com um irmão mais velho. Poderia ter trilhado duas profissões, professora e bancária, e por escolha dedicou-se integralmente à família e enfrentou preconceitos por esta decisão; um trabalho que já era invisível, se tornou discriminado por diversas mulheres, inclusive. O Dia Internacional das Mulheres representa a luta pela ocupação dos espaços da mulher na sociedade, onde quer que ela queira, com respeito à liberdade e às escolhas individuais”, afirma.
Fábia e a mãe Cleonice Lopes Junqueira
Fábia Junqueira diz que tem a benção de conviver com várias mulheres inspiradoras, inclusive na AGU. “A Procuradora Federal Marta Freire de Barros Refundini, que chefiava a Procuradoria Federal no Estado de Mato Grosso do Sul em 2007, quando ingressei na AGU. Mulher competente, dedicada, humilde e doce. A Procuradora da Fazenda Nacional Nélida Maria de Brito Araújo, que atuou como coordenadora-geral da Escola da AGU, com quem tive o prazer de aprender e de investir no desenvolvimento das pessoas. Não posso deixar de mencionar as recentes líderes na SGA que fizeram/fazem acontecer na instituição, carinhosamente a Dra. Cida, Isabella e Iêda. Outras mulheres que me inspiram são as minhas colegas e amigas servidoras em exercício na AGU: Ana, Andrea Cajueiro, Andrea Dias, Angelita, Cristina, Dalva, Deise, Elaine Cristina, Elaine Xavier, Elisa, Eunice, Larissa, Lília, Lúcia, Margarette, Marta, Rosiane, Vanessa e tantas outras. Como disse, são muitas as mulheres com quem aprendo e levo um pouquinho em mim”.
E foi justamente a Secretária-Geral de Administração, Iêda Cagni, que publicou na última segunda-feira (8), Dia Internacional da Mulher, uma carta em que coloca luz sobre as desigualdades ainda enfrentadas pelas mulheres. “No Brasil, de acordo com pesquisa divulgada pelo Dieese, em 2019, as mulheres ainda ganham 22% menos que os homens, incluindo trabalho formal e informal. Além disso, nas profissões dominadas por homens, as diferenças salariais costumam ser ainda mais altas”, escreveu, em texto intitulado “O importante papel da mulher na sociedade atual”.
Referências para toda a vida
A coordenadora-geral de Ensino da Escola da AGU (EAGU), Andrea Maria Nogueira Cajueiro Zanon, encontrou na mãe exemplo de generosidade e força tanto no campo pessoal como profissional. “A minha mãe, Norma Eli de Oliveira Nogueira, é de fato uma mulher determinada, que batalha pelo que acredita e que acima de tudo se sacrifica para o bem daqueles que ama”, descreve. “Uma mulher de garra e coração enormes. É aquela pessoa que a gente sabe que não vai deixar de estender a mão a quem precisa, e que não importa o peso das dificuldades, ela vai enfrentar com uma força incrível”.
Para Andrea Cajueiro, a lista de mulheres inspiradoras em sua vida é longa. “Tenho amigas, familiares, professoras e colegas de trabalho que são fontes de inspiração diária. Cada uma com seu jeito e suas características, fazendo deste mundo um local melhor”, elogia.
“Eu tive ainda a grande sorte de ter como primeira chefe uma mulher que reúne inúmeras qualidades, tanto como gestora como ser humano: a Advogada da União Juliana Sahione Mayrink Neiva. Lealdade, serenidade, determinação, empatia, feminilidade, inteligência, bom senso, são apenas algumas de suas qualidades. Ela teve em seus pais, que eram comerciantes, fonte de aprendizado e exemplo em gestão, e repassava isso para a equipe. Em poucos anos pude aprender com ela sobre gestão e humanidade o que talvez algumas pessoas com décadas de carreira não aprenderam. Carrego comigo frases que a Juliana deixou como legado, no meu dia a dia no trabalho. Em especial quando estou em posição de liderança, que tenho decisões a tomar e uma equipe para motivar, é nela que me inspiro”, diz Andrea Cajueiro.
Juliana Sahione foi diretora da EAGU e hoje atua na Procuradoria Federal junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). E para provar que a inspiração feminina se expande e é, de fato, uma força motriz na AGU, Juliana Sahione também foi lembrada pela primeira personagem desta reportagem, Fábia Junqueira. “A Advogada da União Juliana Sahione M. Neiva, que foi diretora da Escola da AGU e que persistiu e lutou por vários projetos importantes e implantados atualmente na instituição”, apontou.
Andrea Cajueiro com a mãe, Norma Eli de Oliveira Nogueira, e com a colega Juliana Sahione
“Todos por Elas”
Durante o mês de março, a Advocacia-Geral da União promove uma série de eventos para marcar o Mês da Mulher. A programação envolve a realização de palestras, lives e painéis que abordam temas como a presença da mulher em cargos públicos de direção, desequilíbrios de gênero no sistema de Justiça, políticas públicas voltadas para as mulheres, machismo estrutural e institucional, empreendedorismo, sustentabilidade, entre outros.
Nesta quinta-feira (11), a AGU promoveu a palestra virtual “Mulheres no Topo: Desafios de romper o Teto de Vidro” , ministrada pela professora Juliana Mansur, Doutora em Administração pela FGV/EBAPE. Outra ação em curso este mês é a campanha solidária “Todos por Elas”, iniciativa inédita que tem o objetivo de arrecadar produtos de higiene e beleza para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social. A campanha conta com a parceria do Pátria Voluntária, o Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado do governo federal.
Os produtos arrecadados irão compor kits que serão distribuídos a instituições que fazem o acolhimento dessas meninas e mulheres. As doações podem ser feitas exclusivamente através do site do Pátria Voluntária.
P.V.