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RESSOCIALIZAÇÃO
Programa do Ministério das Comunicações leva capacitação para detentos do semiaberto no Piauí
Foto; Shizuo Alves/MCom
Uma oportunidade de recomeço, dignidade e novos caminhos. Foi assim que detentos da Penitenciária Major César de Oliveira, em Altos (PI), enxergaram o curso de informática promovido pelo Ministério das Comunicações. A ação faz parte do programa Computadores para Inclusão, que já capacitou e levou uma nova oportunidade de ressocialização a 50 homens em cumprimento de pena no regime semiaberto no estado.
A iniciativa integra a política pública de inclusão digital que vem sendo expandida pelo Governo Federal, com o objetivo de promover a ressocialização e ampliar o acesso à tecnologia para populações em situação de vulnerabilidade. Ezequiel da Costa, de 35 anos, é um dos formandos que agora vislumbra uma nova realidade. Ele quer reescrever a própria história, fala do arrependimento pelo crime que o levou para a prisão e reconhece que o estudo é o caminho.
“Meu conselho é nunca se envolver com coisa errada. É bom se profissionalizar em algo para ter um futuro melhor. Hoje quero viver ao lado da minha família, longe das más companhias e fazer o que é digno. Hoje me sinto diferente, por todos os aprendizados que tive aqui”, ressaltou Ezequiel.
Já Luiz Felipe Alves, 26, destacou como o curso pode ser um diferencial após conquistar a liberdade. “Eu saindo, ganhando a minha liberdade, eu vou precisar entrar no mercado de trabalho. Vou ter que buscar emprego para me manter. Hoje em dia quase tudo envolve tecnologia. Então, esse curso vai me ajudar a arrumar emprego, a me engajar em uma profissão”, declarou.
As dez máquinas que compõem o laboratório de informática da penitenciária foram recondicionadas pelo Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC) de Teresina (PI). A política pública leva inclusão digital para escolas públicas menos acesso às tecnologias, recupera máquinas ociosas em bancos e órgãos púbicos e depois de prontas, são entregues para escolas públicas, comunidades carentes e locais com identificação da necessidade de inclusão.
“O Ministério das Comunicações irá seguir com esse tipo de iniciativa, por meio do Programa Computadores para Inclusão, para outras Unidades da Federação tendo em vista os bons resultados que tivemos com essa primeira turma. É a inclusão digital transformando de forma efetiva a vida das pessoas”, disse Gustavo André Lima, coordenador -geral de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações.
Sobre o programa
Em todo o Brasil, o Computadores para a Inclusão já doou mais de 58,3 mil máquinas e construiu mais de 4,6 mil laboratórios de informática em escolas públicas, aldeias indígenas, territórios quilombolas, associações em áreas carentes, penitenciárias e favelas do Brasil.
O Programa formou mais de 51,9 mil pessoas em 234 cursos ofertados pelos Centro de Recondicionamento de Computadores (CRCs) espalhados por todo Brasil. Uma política pública longeva, com mais de 20 anos de existência que acredita na transformação de uma pessoa através do ensinamento de novas tecnologias e capacitações gratuitas para o mercado de trabalho.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • Mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.6086 ou (61) 2027.6628