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COP 30
Norte Conectado se destaca na COP 30 por ser o maior projeto de conectividade subfluvial e sustentável do mundo
Foto: Reprodução
O Ministério das Comunicações participou, nesta quarta-feira (12), na Casa Brasil, do painel “Norte Conectado – Levando Conectividade e Democratizando a Internet com Zero Impacto Ambiental à Amazônia”. O evento faz parte de uma série de compromissos da pasta na COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), em Belém (PA).
No painel, o secretário de Telecomunicações, Hermano Tercius, abordou os desafios de implementar a maior infraestrutura digital da Região Amazônica, que garantirá conectividade para mais de 70 municípios. Ele explicou que o programa está levando cabos de fibra óptica por meio de infovias, lançados pelos leitos dos rios, a fim de preservar a floresta.
“Essas infovias vão levar internet para diversas cidades da região, aumentar a velocidade da conexão em cidades que já tenham cabo de fibra óptica e criar uma segunda rota que ofereça mais redundância para a rede, reduzindo as falhas”, detalhou Tercius.
Sede da COP 30, Belém conta com uma importante infraestrutura digital ao longo das estradas. No entanto, o secretário afirmou que a infovia adicionou mais rotas, capacidade e velocidade de dados para uso da população e de todos os participantes do evento.
“Para a COP30, foram instaladas 15 novas torres de telefonia celular com tecnologia 5G, mas o escoamento dos dados foi reforçado com a implantação da infovia. O retorno que tivemos das grandes operadoras de telefonia foi de que, com isso, houve aumento na velocidade dos serviços de internet em Belém”, apontou o secretário.
Sobre o Norte Conectado
Coordenada pelo Ministério das Comunicações (MCom), a iniciativa é executada pela Entidade Administradora da Faixa (EAF) e conta com o apoio de instituições parceiras, como a RNP, que atuou na concepção técnica das infovias. O programa Norte Conectado beneficiará mais de 10 milhões de pessoas em 70 municípios de seis estados da Amazônia — Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.
A estratégia escolhida utiliza cabos subfluviais ao longo de rios amazônicos, como Amazonas, Tapajós e Madeira, reduzindo o desmatamento, a abertura de estradas e o impacto ambiental. São mais de 14 mil quilômetros de fibra óptica, com investimento estimado em R$ 1,6 bilhão.
A infraestrutura ampliará serviços para a população, como telemedicina, educação a distância, pesquisa científica, capacitação profissional, monitoramento ambiental e atividades econômicas digitais, contribuindo para o desenvolvimento social e produtivo das comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • Mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.6086 ou (61) 2027.6628