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ENTREVISTA
No ‘Bom Dia, Ministro’, Juscelino Filho destaca Infovias pelo país, que levam inclusão digital em áreas remotas
Foto: Kayo Sousa
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, participou nesta quarta-feira (19) do programa “Bom dia, Ministro” e destacou a construção das Infovias pelo país, que levam internet de alta velocidade em áreas remotas.
Segundo o ministro, o programa Norte Conectado, responsável pela implantação das “estradas digitais”, já fez entregas efetivas para beneficiar a população.
“Nós já entregamos algumas delas: a 01 [Santarém-Manaus], a 03 [Macapá-Belém]. Estamos acompanhando a implantação dos cabos da 02 [Tefé- Tabatinga/AM]. Temos também a previsão de entrega da Infovia 04 [Vila de Moura- Boa Vista RR] para este ano. São mais três infovias que estão no cronograma de entregas no ano que vem e pode ser que uma delas a gente consiga antecipar”, disse Juscelino Filho.
As infovias brasileiras, previstas no programa Norte Conectado, levam internet de alta velocidade a áreas remotas do país pelos rios amazônicos.
Ainda sobre o tema inclusão digital em áreas remotas, o ministro falou sobre a iniciativa de um segundo leilão reverso, em março, para levar sinal de telefonia e internet para 70 comunidades rurais do Brasil. Ele informou que no país existem localidades com mais de cinco mil habitantes vivendo de forma “desassistida” e o governo federal precisa agir para combater essas desigualdades.
“Fizemos o primeiro leilão, que foi um sucesso. Conseguimos atender 50 comunidades. As operadoras que venceram o leilão já entregaram as torres e praticamente todas elas já estão ativadas. Quando o governo federal entra com parte do investimento, fomentando a política pública, aí chega aquele acesso à população. O segundo leilão vai acontecer dia 18 de março para atender mais 70 localidades. Fechando este leilão, acredito que vamos ter saldo para incluir mais brasileiros nessa política pública”, explicou.
O ministro das Comunicações enfatizou outras importantes políticas públicas já executadas pela pasta para levar inclusão social e digital aos brasileiros.
Entrevistado por rádios de várias regiões, o ministro falou sobre o programa Computadores para Inclusão, Escolas Conectadas, Carreta Digital, outorgas concedidas para rádios comunitárias e educativas e a chegada da TV 3.0.
Abaixo, confira alguns trechos da entrevista:
Computadores para Inclusão
“Programa que leva inclusão, letramento digital e educação. Quando chegamos ao ministério, eram 19 Centros de Recondicionamentos de Computadores [CRCs] em 19 estados. Nós ampliamos essa política pública e no ano passado fechamos os 27 estados da federação com CRCs. Através desse programa, já fizemos a destinação correta de mais de 8 mil toneladas de lixo eletrônico que poderiam ir de qualquer forma para o meio ambiente. Programa com olhar sustentável, completo e que tem meta ousada: para esse ano de 2025, fazer mais formação e doar 20 mil computadores. E em 2026, mais 30 mil computadores”.
Outorgas de rádios
“Estamos avançando na entrega de radiodifusão brasileira, com novas outorgas em números recordes nos últimos anos. São entregas de outorgas de rádios comunitárias, rádios e TVs educativas, retransmissoras de televisão, migrações de AM para FM. E vamos fazer esse ano, se tudo der certo, a primeira licitação de FMs e TVs comerciais depois de 15 anos. Estamos encaminhando para o TCU o edital, fizemos todo um estudo com a UNB para fechar o edital com a nova metodologia de preço. O TCU aprovando, a gente lança. Vamos lançar em todas as regiões do Brasil e depois a gente pretende ampliar. Essa política pública é muito demandada.”
“A radiodifusão hoje no Brasil tem sido muito bem atendida pelo Ministério das Comunicações, justamente por determinação do presidente Lula, porque ele sabe da importância de passar a informação com credibilidade para a população brasileira.”
TV 3.0
“A TV do Futuro está chegando para a população. O presidente Lula, logo no início do governo, editou um decreto para que a gente pudesse estabelecer diretrizes dessa televisão. Acabamos os estudos, definimos a tecnologia e enviamos em dezembro para a Casa Civil. Estamos aguardando o fechamento para a publicação do decreto que vai definir a tecnologia e daí por diante, o setor como um todo, já começa a estruturar para implantar no Brasil. A TV pública vai ter essa oportunidade, com melhor qualidade de imagem e de som, com interatividade, conectividade. Vai abrir um leque de oportunidades no mercado publicitário. Estamos com muita expectativa para soltar esse decreto o mais rápido possível. O setor está pedindo isso”.
Carreta Digital
“A meta desse programa é levar acesso, educação e formação. Que alunos saiam das escolas preparados para as oportunidades. Ofertamos cursos diversos como robótica, manutenção de celular, de computador de alto desempenho, de desenvolvimento de games. Vimos jovens que conseguiram desenvolver games e comercializar no mercado de jogos online, hoje muito aquecido, isso mudou a vida não só deles, mas de suas famílias. O projeto está garantido em quatro estados: Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Distrito Federal. Esses estão contemplados na primeira etapa da carreta. Agora vamos atrás de mais recursos para expandir a carreta pelo Brasil”.
5G
“O 5G vem expandindo no país. Conseguimos nessa primeira etapa a limpeza da faixa de frequência, isso já chegou a todos os municípios do Brasil. E agora estamos seguindo o cronograma da implantação. Temos um cronograma até 2030, estabelecido pelo leilão do 5G. A lei das antenas é importante para a chegada da tecnologia nas cidades e alertamos e buscamos atuar sempre dentro das nossas limitações. Atuamos juntos com a Confederação Nacional do Municípios, federações estaduais e de municípios para que encaminhem minutas e modelos de projetos de leis, aprovando em suas Câmaras e deixando seus municípios aptos para receber o 5G o mais rápido possível”.
Big techs
“Defendo a busca do diálogo e a construção, junto com o Congresso Nacional, da melhor solução para que as grandes empresas de tecnologia contribuam mais com o nosso país. A gente enxerga o quanto o mercado brasileiro é importante para essas empresas e o quanto elas faturam aqui no país. Elas acabam deixando muito pouco em imposto no nosso Brasil. A nossa defesa é que, com esses recursos, de uma possível contribuição das empresas de tecnologia, a gente possa investir em infraestrutura digital no nosso país. Tudo que vem do mundo digital, da palma da mão do brasileiro, tablet, celular, computador, para tudo aquilo ser possível, é preciso essa grande infraestrutura por trás: fibra óptica, data center, uma rede robusta de transmissão de dados, internet e velocidade. Por fim, defendo que esse tema seja tratado de forma separada da regulação das big techs”.
Serviço
A entrevista, na íntegra, pode ser conferida neste link.