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Solidariedade
Todos Por Elas: prazo para doações é prorrogado até 31 de maio
A solidariedade, o amor ao próximo e uma linda homenagem ao Dia das Mães foram os temas centrais da palestra “Mulheres Refugiadas: como acolher aquelas que deixam tudo para trás para fugir de guerras e violências graves”. A live foi mais uma iniciativa da campanha Todos Por Elas, que tem o objetivo de arrecadar mil kits com itens de higiene, para meninas e mulheres refugiadas no Brasil. As doações poderão ser feitas até o dia 31 de maio, na plataforma virtual do Pátria Voluntária.
O evento, que ficará disponível para quem quiser assistir, foi transmitido ao vivo no canal da Advocacia-Geral da União no Youtube. A campanha de âmbito nacional tem o apoio do Pátria Voluntária, Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado do Governo Federal, do Ministério da Economia, Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
A Secretária-Geral de Administração, Iêda Cagni, abriu a palestra falando sobre a importância da campanha Todos Por Elas. “Precisamos acolher essas pessoas que abandonam seus países de origem em busca de paz, segurança e dignidade. Para muitos de nós, pode parecer pouco um sabonete, um xampu ou um creme dental”, reforçou.
Iêda lembrou que a pandemia provocada pelo COVID-19 acentuou a escassez, a pobreza, a desigualdade e a violência. “Nós estamos sentindo, cada um a seu modo e em graus diferentes, mudanças profundas neste momento de absoluta fragilidade pelo qual a humanidade está passando e por isso ações de apoio são de extrema importância”, disse emocionada.
A mediadora do evento, Rita Dias Nolasco, Adjunta da Direção Nacional da Escola da AGU, lembrou que “nós precisamos aprender a nos colocar no lugar do outro e desejar fazer algo para amenizar o sofrimento dessas pessoas”, frisou. Rita disse ainda que “a campanha Todos Por Elas é uma oportunidade para que possamos desenvolver esse olhar”.
Vale ressaltar que os produtos arrecadados serão distribuídos em junho, pela Organização Humanitária IKMR Brasil, para instituições que fazem o acolhimento dessas pessoas. Durante a live, foram exibidos diversos vídeos produzidos e enviados por integrantes da AGU, em homenagem às suas mães.
Palestrantes
Durante a live, o palestrante, escritor e psicólogo clínico, Rossandro Klinjey, falou sobre a omissão da sociedade em relação às necessidades e fragilidades do próximo. “A indiferença revela a imaturidade moral e emocional de um indivíduo e de uma coletividade”, disse. Segundo o palestrante, “as sociedades mais funcionais são aquelas onde a indiferença é menor e a empatia, maior”, revelou. Klinjey disse ainda que “não por acaso, as sociedades em que as mulheres mais participam são as mais funcionais e as mais atrasadas são aquelas em que as mulheres são mais perseguidas”, disse.
A modelo, empreendedora social e idealizadora do projeto Caminhos de Luta, Benazira Djoco, falou sobre as dificuldades e desafios das mulheres imigrantes e das refugiadas. “Antes da pandemia já era difícil, imagine agora, as pessoas em casa e sem emprego. É fundamental a criação de políticas para sensibilizar as empresas. Eu arrisco dizer que 90% das mulheres refugiadas estão desempregadas”, alertou.
A Secretária Nacional de Política para as Mulheres, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, reforçou que “é muito importante debater a pauta dos grandes fluxos migratórios, que tem aparecido com maior frequência nos últimos anos na agenda pública mundial”, disse.
A fundadora e Diretora-Geral da Organização Humanitária IKMR, Viviane Reis, lembrou que “a partir do momento em que os refugiados chegam aqui no Brasil eles estão dispostos a construir e progredir conosco enquanto nação, e por isso nós precisamos olhar para essas pessoas e ajuda-las a recomeçar”, enfatizou.
Doações
Caso você queira colaborar com a campanha, as doações começam a partir de R$ 30 e poderão ser feitas na plataforma virtual do Pátria Voluntária.
A.S.T.