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Outubro Rosa: histórias de superação de quem venceu a doença
A servidora da Procuradoria Reginal da União da 5ª Região (PRU5), Heliana Cora Menezes Borges, quando foi diagnosticada com câncer de mama, no dia 6 de janeiro deste ano, não realizava a mamografia havia cinco anos. Ela conta que detectou um nódulo em uma das mamas a partir do autoexame, em novembro de 2019, e realizou uma série de exames.
“Fiz mais de 30, entre ressonância magnética, tomografia computadorizada e biópsias. E no dia 31 de março de 2020, em meio ao olho do furacão da Covid-19, eu fiz a cirurgia para retirada de um quadrante da mama”, lembra.
No pós-cirúrgico, Heliana fez radioterapia – tratamento oncológico que utiliza radiação. O tratamento foi realizado em Brasília e durou quatro semanas, com sessões todos os dias úteis. Foram sete meses entre a descoberta do câncer de mama e o final do tratamento. Heliana diz que vai continuar com o acompanhamento oncológico, fazendo exames periódicos de sangue, mamografia e ultrassom, além de tomar um medicamento por um período de cinco anos.
Já a servidora da Procuradoria da União no Estado de Minas Gerais (PUMG) Geralda Enide dos Santos costumava fazer exames de mamografia e de ultrassom uma vez por ano, desde os 35 anos de idade. “Eu tinha muitos cistos na mama”, explica.
Em abril de 2016, ela foi diagnosticada com um tumor agressivo na mama esquerda. “Eu havia feito os exames em agosto de 2015, e estavam dentro dos conformes. Em meados do mês de março, fui ver minha axila no espelho e percebi uma covinha na parte inferior da mama. Coloquei a mão e notei o caroço ao lado”, lembra.
Após a mastectomia total da mama esquerda, Geralda Enide passou por dezoito sessões de quimioterapia e vinte e oito sessões de radioterapia. Ela precisou ficar afastada do trabalho por quase um ano. Atualmente, ela continua com o acompanhamento clínico, além de tomar medicação e realizar exames de imagem do corpo todo, duas vezes por ano.
Diagnóstico precoce
Em outubro, mês da campanha de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo de útero, especialistas da área médica em todo país chamam a atenção para a relevância dos exames preventivos em períodos regulares. O principal deles é a mamografia.
O presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Antonio Luiz Frasson, explica que além do autoexame, é recomendado fazer a mamografia porque ela é capaz de descobrir tumores de até 1 centímetro. De acordo com ele, se no autoexame a mulher não identificar nenhuma alteração, ela pode deixar de procurar atendimento médico e exames periódicos.
“O autoexame não é capaz de identificar lesões pré-malignas, lesões muito pequenas, antes de se tornarem câncer, ou seja, não consegue descobrir as lesões quando elas podem ser tratadas mais facilmente”, completa Frasson.
O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) confirmam a orientação da SBM sobre o autoexame e orientam a mulher a apalpar as mamas sempre que se sentir confortável, a qualquer tempo, sem nenhuma recomendação técnica específica ou periódica. Os dados oficiais mostram que é mais comum mulheres identificarem caroços no seio casualmente (no banho ou na troca de roupa) do que no autoexame mensal.
O Ministério da Saúde também reforça a campanha Outubro Rosa junto à população feminina e busca conscientizar sobre a importância de estar alerta a qualquer alteração suspeita nas mamas. Além disso, desenvolve ações com gestores e profissionais de saúde sobre a prioridade do rápido encaminhamento para início do tratamento adequado.
Aconselhamentos
Para as mulheres que receberam um diagnóstico de câncer de mama, o conselho dado por Heliana é: “Não morra por antecipação! A medicina está muito avançada. Viva um dia de cada vez, sem ansiedades, se alimente bem para ter imunidade e tenha otimismo. Ame-se e tenha amor pelos outros, pois Deus nos ama e nos fez para amar. O amor cura!”
Para Geralda Enide, é importante não se deixar abater e a aceitar a ajuda e o apoio da família e de amigos. “A prevenção ainda é o melhor remédio, mas se for apanhado por uma surpresa dessas, como foi o meu caso, respire fundo, olhe para frente, tome as devidas providências, siga todas as prescrições e orientações do médico e tenha muita fé em Deus e em si própria. Desanimar e desistir jamais!”, ressalta.
Fique atenta aos sinais de alerta:
Presença de nódulo ou caroço indolor na mama ou nas axilas;
Alteração na coloração ou no formato do mamilo;
Liberação de líquido pelo mamilo;
Alterações na pele da mama com aparecimento de vermelhidão;
Inchaço ou alteração no tamanho de uma das mamas;
Presença de sulco na mama – área com afundamento
LM/DS