Prevenção e Controle da Mancha Preta ou Pinta Preta dos Citros.
A Pinta Preta é causada pelo fungo Phyllosticta citricarpa (Guignardia citricarpa) que pode se multiplicar e produzir seus esporos assexuais (conídios) em frutos, folhas e ramos secos da planta e os esporos sexuais (ascósporos) em folhas caídas no solo.
A praga afeta todas as variedades de laranjas doces, limões verdadeiros, tangerinas e seus híbridos. Não há sintomas na lima ácida Tahiti. As variedades de maturação tardia podem apresentar maior severidade de sintomas, bem como queda de fruto mais acentuada.
O principal prejuízo da pinta preta é a queda prematura de frutos, que pode reduzir em até 85% a produção das plantas de laranja doce. Os maiores prejuízos são observados em pomares mais velhos, principalmente em plantas mal nutridas. A doença não altera a qualidade do suco, pois as lesões afetam apenas a casca do fruto. Além de causar a queda de frutos, a pinta preta deixa a fruta com aparência manchada, o que prejudica a sua comercialização no mercado in natura. É uma doença quarentenária e, por isso, frutos de áreas contaminadas não podem ser exportados para áreas livres da doença, como é o caso da Europa.
A Instrução Normativa nº 3, de 08 de janeiro de 2008, aprova os Critérios e Procedimentos para Aplicação das Medidas Integradas em um Enfoque de Sistemas para o Manejo de Risco - SMR da Pinta Preta dos Citros, em espécies do gênero Citrus destinadas à exportação e quando houver exigência do país importador.
A doença ocorre na maioria das áreas citrícolas do mundo, exceto em regiões de clima mediterrâneo. De maneira geral, a praga pode se estabelecer em todas as regiões brasileiras, porém as epidemias mais severas são observadas em regiões onde há condições mais propícias para a queda de folhas e seca dos ramos. Oficialmente está presente nos estados do Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.