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Alagoas e Goiás apresentam os maiores crescimentos das despesas correntes no 1º bimestre de 2025
Alagoas (59%) e Goiás (26%) apresentaram os maiores crescimentos, em termos percentuais, de suas despesas correntes no primeiro bimestre de 2025 frente ao mesmo período de 2024, enquanto Rio de Janeiro (1%) e Rio Grande do Sul (4%) tiveram os menores índices de crescimento desse indicador no período. Na outra ponta, Rio de Janeiro (19%) e Alagoas (18%) apresentaram os maiores crescimentos das suas receitas correntes no período enquanto Espírito Santo (4%), Mato Grosso (5%) e Rio Grande do Sul (5%) apresentaram os menores crescimentos de receitas no período.
Os dados estão no Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco dos Estados + DF do 1º bimestre de 2025, publicado nesta quarta-feira (23/04) pelo Tesouro Nacional. Na comparação entre os bimestres, todos os Estados apresentaram elevação em suas despesas correntes, sendo que em 20 das 27 UF analisadas o percentual de crescimento desse indicador foi superior ao observado na receita corrente. A análise considera as receitas correntes realizadas e despesas correntes empenhadas até o fim de 2024.
As despesas de pessoal tiveram a maior participação na composição das despesas corrente em relação à receita total em todos os Estados, com destaque para Rio Grande do Norte (69%), Rio Grande do Sul (63%). Por outro lado, os Estados com menores gastos nessa rubrica foram o Piauí (30%), Amapá (32%) e Ceará (32%).
Outro grupo importante de gastos dos entes subnacionais são as despesas de investimentos, com os maiores níveis verificados no Piauí (12 %), Mato Grosso do Sul (8%) e no Pará (8%). Já 6 Estados tiveram percentuais próximos de nulo de suas receitas totais aplicadas em investimentos: Rio Grande do Norte, Rio Grande Do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, Rondônia e Tocantins tiveram 0% das receitas totais aplicadas em investimentos.
Outro indicador analisado no relatório é a Poupança Corrente em relação à Receita Corrente Líquida. A Poupança Corrente equivale ao valor das receitas correntes menos as despesas correntes liquidadas: é indicador da autonomia para realizar investimentos com recursos próprios ou, quando negativa, da dependência de receitas de capital para realizá-los. Até o fim do 1º bimestre de 2025, os estados que mais conseguiram poupar foram: Amapá(51,6%), Roraima(41,2%) e Paraná(40,7%). Já os estados que menos conseguiram acumular popupança foram: Goiás(9,5%), Alagoas(18,5%) e Mato Grosso Do Sul(19,5%).
Restos a pagar e dívida consolidada
Os Estados que liquidaram os maiores percentuais de Restos a Pagar (RAP) em 2025 em relação ao total de RAP inscritos até́ o final de 2024 foram Distrito Federal (73%) e Mato Grosso do Sul (72%). Os menores índices de pagamento foram registrados pelos Estados do Amapá (10%) e Roraima (21%). Um baixo percentual de RAP pago ao longo do ano é um indicativo de dificuldade em honrar despesas antigas.
O Relatório traz ainda a variação da Dívida Consolidada (DC) apurada em 2025 em relação à Dívida Consolidada verificada em 31 de dezembro do ano anterior. No período analisado, Piauí (12%), Paraíba (6%) e Pará (5%) foram os Estados que tiveram os maiores crescimentos neste indicador, enquanto o Maranhão (-12%) e Rio Grande do Norte (-9%) foram os Estados que mais reduziram a DC no período analisado.
RREO em Foco
O RREO em Foco - Estados e DF é uma publicação bimestral que traz os principais dados da execução orçamentária das 27 Unidades da Federação, reunindo as informações da execução orçamentária de todos os poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário, incluindo também o Ministério Público e a Defensoria Pública.
O relatório é elaborado com base nos documentos que os próprios entes publicam no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), gerido pelo Tesouro Nacional.
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