Energias Fósseis
ENERGIAS FÓSSEIS
Reservas
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Brasil possuía, ao final de 2013, reservas totais de petróleo de cerca de 30,2 bilhões de barris. As reservas provadas somavam 15,6 bilhões de barris, o que posicionava o Brasil como 15º maior detentor de reservas provadas do mundo.
Das reservas provadas, 94% localizam-se no mar, principalmente no Rio de Janeiro, estado que detém 84% das reservas provadas offshore e 79% do total.
Com 458,2 bilhões de m³, o Brasil era, ao final de 2013, o 31º maior detentor de reservas provadas de gás natural. As reservas totais somavam 839,6 bilhões de m³, das quais 56,1% se encontravam no estado do Rio de Janeiro.
Produção
Em 2014, a produção brasileira de petróleo atingiu 851,9 milhões de barris (média de 2,33 milhões de barris/dia), volume 11,4% maior do que o de 2013. Trata-se da maior produção anual já registrada em território brasileiro. Adicionalmente, em dezembro de 2014 bateu-se o recorde de produção mensal: 80,1 milhões de barris, com média de 2,59 milhões de barris/dia. A produção em alto mar (“offshore”) responde por 92,5% do total.
Os sucessivos aumentos da produção dos campos no pré-sal, com a entrada em operação de novos poços, foram decisivos para tal resultado. A produção no estado de São Paulo apresentou forte aumento em 2014: cresceu 135% com relação a 2013, atingindo 61,3 milhões de barris. O bom desempenho deve-se, principalmente, ao aumento de produção dos campos de Baúna e Sapinhoá, na Bacia de Santos.
O estado do Rio de Janeiro continua como maior produtor, respondendo por 68,4% do total. Depois de três anos de declínio, a produção no estado, que é toda em alto mar, voltou a subir, de 550,7 milhões em 2013 para 583,0 milhões em 2014.
A produção de petróleo no pré-sal, ao final de 2014, atingiu a média de 667 mil barris/dia – mais que o dobro da média de produção de 2013, que fora de 302,8 mil barris/dia.
A produção de gás natural expandiu-se 1,6% com relação a 2013, somando 23,8 bilhões de m³. Entre 2004 e 2014, a produção brasileira cresceu em média 3,7% ao ano, posicionando o País como o 34º maior produtor mundial.
Refino
O parque de refino brasileiro conta com 16 refinarias, com capacidade para processar cerca de 2,2 milhões de barris/dia. Doze dessas refinarias pertencem à Petrobras e respondem por cerca de 98% da capacidade total. Em 2013, foi processada uma carga total de 2,1 milhões de barris/dia. A refinaria que mais processou petróleo naquele ano foi a Refinaria de Paulínia (localizada em São Paulo), com 426 mil barris/dia, seguida pela Refinaria Landulpho Alves (Bahia, 280 mil barris/dia), pela Refinaria Duque de Caxias (Rio de Janeiro, 244 mil barris/dia) e pela Refinaria Henrique Lage (também em São Paulo, 231 mil barris/dia).
Do petróleo total processado em 2013, 81,1% era origem nacional e 18,9%, importado. Os principais fornecedores de petróleo importado foram a Nigéria (209 mil barris/dia), Arábia Saudita (80 mil barris/dia), Reino Unido (24 mil barris/dia), Iraque (21 mil barris/dia), Argélia (17 mil barris/dia) e Angola (14 mil barris/dia).
Adicionalmente, a Petrobras conta com a Superintendência de Industrialização do Xisto (SIX), refinaria localizada no município de São Mateus do Sul, no estado de Paraná, com capacidade instalada para processar 7,8 mil toneladas de xisto por dia. A SIX é referência mundial em pesquisa, exploração e processamento de xisto, e funciona como campo de prova de pesquisas para a área de refino.
O gás natural é processado em 15 pólos produtores, que juntos somam cerca de 92 milhões de m³/dia de capacidade nominal. Em 2013, o volume total processado foi de 18,6 bilhões de m³ (média de 51,1 milhões de m³/dia), 1,9% menor do que o volume processado no ano anterior e correspondente a 55,3% da capacidade total instalada. Os principais pólos são os de Cabiúnas, no Rio de Janeiro, Cacimbas, no Espírito Santo, Caraguatatuba, em São Paulo, e Urucu, no Amazonas.