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PNUD
Ministério da Gestão participa da entrega do Relatório Regional de Desenvolvimento Humano do PNUD
Nesta quinta-feira (12/6) foi divulgado o Relatório Regional de Desenvolvimento Humano, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O documento analisa o progresso humano em áreas como educação, saúde, renda e equidade, com foco na América Latina e no Caribe. A ministra da Gestão, Esther Dweck, participou do evento, que também contou com autoridades nacionais e internacionais.
O documento, intitulado “Sob Pressão: Recalibrando o futuro do Desenvolvimento na América Latina e no Cariba”, aponta que 31% da população da América Latina e Caribe está exposta aos riscos de perigos climáticos extremos, agravados pelas mudanças climáticas, em especial secas, ondas de calor e enchentes. De acordo com a ministra, que também preside o Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD), o Estado deve ser verde, digital e inclusivo. "A transformação ecológica é questão de sobrevivência” pontuou a ministra.
De acordo com o relatório, a região continua em desvantagem em relação a economias mais avançadas, especialmente em competências e infraestruturas digitais mais sofisticadas. “Soberania tecnológica é soberania democrática. Hoje, apenas 2% da população da região tem acesso a redes 5G, e a banda larga custa quatro vezes mais que em países desenvolvidos. O Estado também deve ser inclusivo, porque democracia só se sustenta quando todas as pessoas se veem como sujeitos de direitos, de ação e, portanto, de futuro”, defendeu Dweck.
Dweck destacou ainda que a democracia também exige pensarmos nos impactos intergeracionais para que as ações do presente protejam as condições de vida do futuro para todos os seres vivos. Ela reforçou que o desenvolvimento da região depende da ação coletiva. “Desenvolvimento não se constrói de forma isolada. O futuro da América Latina será, necessariamente, coletivo”, concluiu.
Governança
A primeira-dama do Ceará, Lia de Freitas, destacou a necessidade de uma governança intersetorial no enfrentamento das desigualdades, com a participação de governos, sociedade civil e instituições internacionais. “A fome exige respostas urgentes, articuladas e sustentáveis”, afirmou.
Ela também ressaltou o papel da cooperação internacional, promovida pelo PNUD, no combate à fome e na formação de novas lideranças, especialmente femininas. “Este é um programa que tem um valor muito feminino, mas não só delas como beneficiarias, mas também mulheres essas que têm um coração solidário e que vêm se protagonizando e ficando à frente dessas ações”, disse.
Também participaram do evento Lia de Freitas, presidente do Comitê Intersetorial do Programa Ceará Sem Fome e primeira-dama do Ceará; Eva Granados, secretária de Cooperação Internacional do governo da Espanha; e Achim Steiner, administrador do PNUD.
O que é o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH)?
Publicação anual do PNUD, o RDH avalia o progresso humano em diversos países com base em indicadores como saúde, educação, renda e igualdade. O relatório é uma referência global para orientar políticas públicas e influenciar a agenda internacional de desenvolvimento.
Você pode acessar a íntegra do documento em português clicando aqui.
PNUD no Brasil
O PNUD atua no Brasil com foco em quatro áreas principais: pessoas, planeta, prosperidade e paz. Há ainda um quinto eixo, parcerias, que é transversal e essencial para garantir o sucesso das demais frentes de atuação.