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PRÓ-INTEGRIDADE
Formação do MGI reforça papel da liderança na promoção dos direitos humanos no serviço público
Quarta edição da Formação em Integridade para a Alta Administração reuniu a alta gestão do MGI para debater o papel dos direitos humanos na construção de ambientes organizacionais mais éticos, respeitosos e comprometidos com a dignidade de todos. Foto: João Paulo Nogueira
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) realizou, nesta terça-feira (24/6), a quarta edição da Formação em Integridade para a Alta Administração. Com o tema “Integridade em Direitos Humanos: um compromisso estratégico da liderança”, o encontro reforçou o papel da alta gestão na promoção de uma cultura organizacional baseada na ética, no respeito e na valorização da dignidade humana.
Nesta edição, a temática voltada para os direitos humanos foi abordada pelo especialista Nilson Perissé, que tem ampla trajetória em ações de prevenção à violência no trabalho, acolhimento de vítimas e formação institucional, com passagens em vários órgãos e empresas estatais.
Ao abrir o evento, a secretária-executiva do MGI, Cristina Mori, reforçou a importância de integrar a temática dos direitos humanos à cultura institucional. “Nos temas da integridade, é algo que a gente considera fundamental aqui no Ministério para praticarmos os nossos valores e as diretrizes que colocamos para a organização como um todo. É essencial que a alta gestão esteja apropriada dos temas e se atualizando sempre. A presença de um especialista aqui contribui para que possamos refletir sobre a aplicação concreta dos direitos humanos na gestão e no dia a dia do nosso trabalho”, disse.
O chefe da Assessoria Especial de Controle Interno (AECI/MGI), Francisco Bessa destacou o papel da liderança no fortalecimento da cultura de integridade. Ele também ressaltou a continuidade da formação como ferramenta estratégica da gestão. “A presença da secretária-executiva aqui é uma evidência muito concreta da importância do tema [..] o ‘tom do topo’ é um conceito essencial no mundo da integridade, e a liderança tem esse papel de direcionar. A cada edição, buscamos aprofundar temas sensíveis à atuação do Estado com foco em valores públicos e responsabilidade institucional. Essa não é uma agenda pontual, é uma construção permanente que reforça o compromisso da alta administração com uma gestão ética, inclusiva e transparente”, afirmou.
Um Compromisso Estratégico da Liderança
Ao iniciar a palestra, Nilson Perissé agradeceu à equipe organizadora e destacou a importância de espaços institucionais voltados à reflexão crítica sobre o papel do trabalho. “O trabalho é um espaço de prazer e não de sofrimento. É nele que conseguimos exercer nossas potencialidades, conquistar autonomia financeira, nos desenvolver como sujeitos e aprender a conviver com diferentes realidades. Mas também é nele que podemos enfrentar situações de frustração, invisibilidade e até de violência, como assédio moral ou discriminação. Essas dimensões convivem no cotidiano organizacional e precisam ser reconhecidas e enfrentadas com seriedade”, disse.
Durante a palestra, o especialista propôs um olhar aprofundado sobre a relação entre integridade e direitos humanos, trazendo contribuições do campo da Psicodinâmica do Trabalho e da governança organizacional. “Internalizar a dignidade humana nas decisões, agir com transparência radical e priorizar o respeito nas relações são três pilares centrais para uma cultura institucional comprometida com os direitos humanos. Não basta ter documentos e programas bem escritos, é preciso garantir que essas políticas tenham aderência à prática e se reflitam no cotidiano das instituições”, explicou.
Ao longo da apresentação, Nilson Perissé reforçou que o compromisso com os direitos humanos precisa ultrapassar a formalidade dos normativos e se expressar em ações efetivas dentro das organizações. Para ele, o desafio da integridade está em transformar intenções em práticas, e práticas em resultados, com foco na dignidade, na escuta qualificada e na responsabilização.
Ao final da apresentação, os participantes tiveram a oportunidade de aprofundar o debate com o especialista, trazendo reflexões, compartilhando experiências e levantando questionamentos sobre os desafios da aplicação prática dos direitos humanos no ambiente institucional. As dúvidas foram esclarecidas pelo palestrante, que dialogou com os gestores sobre caminhos possíveis para fortalecer a integridade nas organizações públicas.
PRÓ-INTEGRIDADE
Um dos valores institucionais do MGI, a integridade significa atuação com transparência, responsabilidade, ética, respeito, probidade, coerência e atenção ao interesse público, respondendo com tempestividade aos riscos relevantes.
A formação é parte do Pró-Integridade, programa do MGI lançado em maio de 2023 que visa implementar práticas institucionais para prevenir e combater condutas antiéticas, fraudes e corrupção. Abrange conjunto de medidas que têm enfoque preventivo, ou seja, as iniciativas institucionais estão voltadas principalmente à diminuição dos riscos de ocorrências capazes de afetar negativamente a organização. Ainda está voltado às medidas que identifiquem, responsabilizem e corrijam com celeridade qualquer desvio de conduta.
Direcionada à alta administração, a série de formações específicas voltadas a essas lideranças, tem como objetivo sensibilizar os gestores públicos sobre os desafios relacionados à integridade. No âmbito do MGI, o Pró-Integridade também promove a diversidade no serviço público por meio do letramento sobre condutas discriminatórias, como sexismo, racismo e capacitismo, contribuindo para a construção de um ambiente mais íntegro, inclusivo e respeitoso.
Além disso, busca promover reflexões sobre a aplicação prática desses princípios no cotidiano dos servidores, reafirmando o compromisso do MGI com valores democráticos, éticos e em respeito aos direitos humanos e à defesa da democracia e do Estado de Direito.