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CELEBRAÇÃO
SFA-SC reúne equipe para celebrar os 165 anos do Mapa e fortalecer integração institucional
Em comemoração aos 165 anos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Superintendência de Agricultura e Pecuária no estado de Santa Catarina (SFA-SC) promoveu, nesta quarta-feira (6), um encontro inédito que reuniu representantes de todos os setores, chefias, Unidades Técnicas Regionais (UTRAs), 9° Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (9° SIPOA), Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), Vigilância Agropecuária Internacional (Viviagro) e da Superintendência da Pesca.
O evento, realizado na sede da SFA-SC, em São José, teve como objetivo celebrar a data histórica com integração institucional, apresentações das equipes e fortalecimento do compromisso coletivo com o agro catarinense.
Mais do que uma data simbólica, o 28 de julho é um convite à reflexão sobre a importância da agricultura, da pecuária e da gestão pública comprometida com o bem comum. É também o Dia do Agricultor, que celebra o trabalho de homens e mulheres que alimentam o país com dedicação e resiliência.
SFA-SC celebra os 165 anos do Mapa e a força da agricultura catarinense
O Mapa completou, em 28 de julho, 165 anos de existência. Criado em 1860 por decreto do Imperador Dom Pedro II, o então Ministério dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas foi responsável por inaugurar uma nova era de atenção à produção rural brasileira, ainda sob o regime do Império. Desde então, acompanhou profundas transformações políticas, econômicas, sociais e tecnológicas, que moldaram o agro brasileiro como um dos mais competitivos e estratégicos do planeta.
Em Santa Catarina, a presença institucional do Ministério também é antiga e sólida. A SFA-SC, como é conhecida atualmente, representa o elo entre o Governo Federal e o setor agropecuário catarinense. Mas sua trajetória começou décadas antes da estrutura atual, com raízes que remontam a uma pequena Inspetoria criada no município de São José, em 1946, então subordinada ao Departamento Nacional de Produção Animal (DNPA).
Linha do tempo institucional: do Império à liderança global do agro
A história do Mapa reflete a própria história do Brasil rural. Em sua origem imperial, o órgão respondia aos interesses de uma economia agrícola primária baseada no latifúndio e na mão de obra escrava. Com a Proclamação da República, foi absorvido por outras pastas do governo, até retornar como Ministério dos Negócios da Agricultura em 1906.
A partir de 1930 o Ministério passou a ter uma estrutura própria mais robusta, com foco técnico: criação dos Departamentos Nacionais de Produção, Escolas Nacionais de Agronomia e Veterinária, e o Banco Nacional de Crédito Rural. Em 1960, o órgão foi transferido para a nova capital do país (Brasília) e, desde então, teve sua estrutura redesenhada para acompanhar o desenvolvimento do agro como vetor central da economia brasileira.
O nome atual, Ministério da Agricultura e Pecuária, foi restabelecido em 2023, reafirmando o papel estratégico da agricultura e da pecuária na segurança alimentar nacional e no comércio exterior. Desde então, o Ministério consolidou-se como referência internacional em políticas públicas voltadas à sanidade animal e vegetal, ao desenvolvimento agropecuário sustentável e inovação, sempre em diálogo com os diversos segmentos e cadeias produtivas do setor.
Santa Catarina e a construção da presença federal no agro
A atuação do Mapa em solo catarinense remonta a meados da década de 1940, tendo se consolidado com a criação da Inspetoria Regional de Defesa Sanitária Animal em 1946, em um amplo terreno à beira-mar, na então remota Praia Comprida, no município de São José. Ali, entre laboratórios, escritórios e uma estação meteorológica, nasceu o primeiro núcleo técnico do Ministério no estado. À frente dessa missão estava o médico veterinário Altamir Azevedo, nomeado inspetor-chefe e figura central na construção da identidade institucional do órgão no estado catarinense.
Altamir liderou ações pioneiras no combate à Peste Suína Clássica, instituiu postos de vigilância sanitária, laboratórios de vacina e contribuiu para a fundação da Associação Rural de Florianópolis, em 1947. Sua atuação firme e inovadora deixou marcas profundas na organização sanitária do estado e, por tantos feitos na Inspetoria na década de 40, pode ser considerado o primeiro superintendente da SFA-SC, mesmo antes da estrutura atual ser formalizada.
Ao longo das décadas, o órgão passou por diversas denominações: Inspetoria, Delegacia Federal de Agricultura, Diretoria Estadual, DFA, DFARA, até assumir o nome atual de Superintendência Federal de Agricultura (SFA-SC) em 2005, refletindo uma estrutura mais ampla e moderna, alinhada às novas exigências do setor.
SFA-SC: Presente e futuro do agro catarinense
Hoje, sob a gestão de Ivanor Boing, a SFA-SC atua de forma descentralizada, com foco na defesa agropecuária, regulação, auditoria e fiscalização de insumos agropecuários e serviços, fomento ao desenvolvimento agropecuário sustentável e inovação tecnológica. Com sede em São José, possui também quatro unidades descentralizadas, localizadas no interior do estado, em Chapecó, Videira, Concórdia e Itajaí. Esses escritórios são denominados de Unidade Técnica Regional Agropecuária - UTRA, através dos quais a Superintendência mantém um acesso mais próximo e direto com os municípios e a comunidade regional.
A estrutura técnica diretamente subordinada à SFA-SC é composta por duas Divisões (Divisão de Defesa Agropecuária - DDA e Divisão de Desenvolvimento Rural – DDR), cada qual contendo equipes de servidores lotadas em Serviços especializados, executores das diversas políticas públicas de estado que são da competência da Pasta.
A Superintendência conta também com um corpo de servidores e estrutura executora de atividades meio, que prestam apoio em planejamento institucional, logístico, administrativo, orçamentário/financeiro e de gestão de pessoas.
Além disso, o Mapa está presente em Santa Catarina também em unidades de administração vertical (subordinadas diretamente à sede em Brasília), como por exemplo, a Vigiagro, localizadas nos portos, aeroportos internacionais e postos de fronteiras internacionais; os Serviços de Inspeção Federal (SIF) dos estabelecimentos que processam produtos de origem animal; e o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (SLAV/LFDA), onde são realizados diversos tipos de análises em alimentos.
Conquistas e reconhecimento
A SFA-SC é protagonista em grandes conquistas do agro catarinense. Entre elas:
- O reconhecimento de Santa Catarina como primeiro estado brasileiro a erradicar a febre aftosa em 1998;
- O reconhecimento de Santa Catarina como primeiro estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação, em 2007;
- O reconhecimento de Santa Catarina como primeiro estado brasileiro livre de peste suína clássica, em 2007;
- Reconhecimento nacional de servidores como a AFFA Médica Veterinária Alessandra de Lacerda Alves, por sua atuação no Programa Nacional de Sanidade Suína;
- Destaque na articulação da CPORG/SC e promoção da agricultura orgânica no estado de Santa Catarina, que é a 2ª maior área plantada do Brasil;
- Fomento ao agro, com entrega de máquinas e equipamentos a prefeituras por meio do Programa Promaq.
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