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COP30
Seminário discute inovação e fortalecimento dos sistemas agroflorestais na Amazônia
O Seminário 'SAFTA: vetor de inovação para Sistemas Agroflorestais na Amazônia do Século XXI' reuniu pesquisadores, produtores e gestores públicos neste sábado (15), na Associação Pan Amazônia Nipo Brasileira, em Belém. Realizado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), com participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Embrapa e da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), o encontro reforçou a importância dos sistemas agroflorestais como caminho para a produção sustentável na região.
Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento Rural, Marcelo Fiadeiro, destacou o papel dos sistemas integrados de produção na geração de renda e na conservação da floresta. Ele também ressaltou como a Agrizone tem sido, na COP30, a casa da agricultura sustentável e a vitrine das iniciativas brasileiras que unem produtividade e floresta em pé. “A agrofloresta mostra que é possível produzir mais, conservar melhor e transformar a vida dos produtores rurais. O mundo precisa conhecer a força desse modelo que nasce da Amazônia”, afirmou o secretário.
A programação seguiu com um painel técnico dedicado às políticas públicas de apoio aos sistemas agroflorestais. O coordenador de monitoramento de políticas florestais do Mapa, Flávio Costa, respondeu às perguntas dos participantes e falou de iniciativas como o Caminho Verde Brasil, o Plano ABC e o RenovAgro, que ampliam os instrumentos de incentivo à produção sustentável no país.
Sistema agroflorestal em Tomé-Açu
Referência nacional em produção integrada à floresta, Tomé-Açu consolidou ao longo das últimas décadas um modelo agroflorestal que combina espécies de diferentes ciclos e gera renda contínua aos produtores. A região destaca-se pela diversidade produtiva, com cultivos como cacau, açaí, cupuaçu, pimenta-do-reino, banana e seringueira crescendo no mesmo ambiente, em arranjos que fortalecem o solo e mantêm a floresta em pé.
O sistema, construído a partir da experiência de agricultores locais e do intercâmbio com descendentes de imigrantes japoneses, se tornou exemplo de sustentabilidade e resiliência econômica. Com apoio da Embrapa e da CAMTA, os produtores adotaram técnicas que aumentaram a produtividade, reduziram a pressão sobre novas áreas e transformaram Tomé-Açu em vitrine de inovação para a agricultura amazônica.
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