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Discurso na Cerimônia de entrega das Chaves da Cidade - Georgetown, Guiana - 3 de março de 1989
Sinto-me particularmente honrado em receber o diploma e as chaves de Georgetown. É uma distinção que aceito com muito orgulho, em nome de todos os brasileiros. As cordiais palavras de boas-vindas de Vossa Excelência trazem o calor e a simpatia tão características do povo desta nobre terra. Às margens do Rio Demerara, Georgetown é uma cidade que impressiona pela beleza de seus rios, pela pujança de seus jardins.
A imagem desta cidade e a hospitalidade de seu povo ficarão indelevelmente marcados em minha memória. Venho à Guiana imbuído da firme vontade de contribuir para o adensamento das relações brasileiro-guianenses. Temos de caminhar juntos, ombro a ombro, em nossa luta pelo desenvolvimento. Brasil e Guiana são nações com características próprias e marcantes. Mas guardam também fortes semelhanças. São países sul-americanos. Compartem extensas fronteiras. São ambos países amazônicos. Da pluralidade de etnias, emergiram sociedades empreendedoras, enriquecidas pelo caldeamento de diferentes culturas. Como países em desenvolvimento, porfiam por uma ordem econômica internacional mais justa e participativa. O campo para a cooperação bilateral é fértil e, da união de nossos esforços, brotarão realizações duradouras. Teremos sólida contribuição a dar para a integração entre os povos do Continente. Ressaltaremos o espírito de cooperação que inspira os países da América Latina e do Caribe. Encaro as chaves da cidade, que recebo das mãos de Vossa Excelência, como simbólicas da vontade do povo da Guiana de aprofundar os laços que o vinculam ao povo de meu País.
Idênticos propósitos animam os brasileiros. Posso assegurar a Vossa Excelência que meu Governo dedicará o melhor de seus esforços em prol do estreitamento da fraterna amizade que preside as relações entre Brasil e Guiana.
(Texto reproduzido em conformidade com o acordo ortográfico vigente à época de sua publicação original)