Consenso de Brasília
A convite do Brasil, os líderes dos países sul-americanos reuniram-se em Brasília, em 30 de maio de 2023, para intercambiar pontos de vista e perspectivas sobre a cooperação e a integração regional. Na ocasião, foi adotado o Consenso de Brasília, documento que reafirma o compromisso dos países sul-americanos com o aprofundamento do diálogo e da cooperação em temas de interesse comum. No encontro, os líderes dos países sul-americanos compartilharam a visão conjunta de que a integração da América do Sul deve ser parte das soluções para a promoção de um modelo de desenvolvimento econômico e social que seja mais justo, sustentável e inclusivo.
Em linha com os compromissos consagrados no Consenso de Brasília, o encontro presidencial foi seguido por uma intensa agenda de contatos e reuniões voltados à retomada da integração, envolvendo todos os países da América do Sul, o que resultou na adoção, em 5 de outubro de 2023, do Mapa do Caminho para Integração da América do Sul. A partir de uma avaliação conjunta das experiências dos diferentes foros regionais de integração, o Mapa do Caminho determinou que a implementação das diretrizes estipuladas pelo Consenso de Brasília deve articular-se em torno de iniciativas concretas, com impacto positivo sobre as condições de vida das populações sul-americanas.
Desde a adoção do Mapa do Caminho, o Brasil, facilitador do processo em 2023, o Chile e a Colômbia, países que ocuparam a presidência rotativa no primeiro e no segundo semestres de 2024 respectivamente, convocaram reuniões nas quais foi possível debater questões sobre combate ao crime organizado transnacional, defesa, desenvolvimento social, educação e cultura, energia, financiamento ao desenvolvimento, gênero, gestão integral de riscos de desastres naturais, infraestrutura e transporte, migração, mudança do climática e saúde. Essas atividades vêm permitindo a identificação de projetos e de inciativas de interesse mútuo, contribuindo com a restauração de espaços sul-americanos de diálogo e de cooperação nos mais diferentes níveis. Como o Mapa do Caminho prevê a ocupação da presidência rotativa do mecanismo em ordem alfabética, este semestre o Equador exerce essa função.