Economia Circular
Diferentemente do modelo linear de produção e consumo – baseado na extração, uso e descarte –, a economia circular propõe uma abordagem que prioriza a reutilização, reciclagem e o prolongamento do ciclo de vida dos produtos. Em 2024, foi instituída a Estratégia Nacional de Economia Circular, com a finalidade de promover a transição do modelo de produção linear para uma economia circular, de modo a incentivar o uso eficiente dos recursos naturais e das práticas sustentáveis ao longo da cadeia produtiva. A Estratégia define economia circular como o sistema econômico de produção que mantém o fluxo circular de recursos e associa a atividade econômica à gestão circular dos recursos, por meio da adição, retenção ou recuperação de seus valores, e que se baseia nos princípios da não geração de resíduos, da circulação de produtos e materiais e da regeneração.
No Brasil, a economia circular é vista como uma ferramenta para alavancar a eficiência dos recursos e mitigar os impactos ambientais da atividade produtiva. Contudo, sua aplicação deve considerar as particularidades nacionais, como a elevada geração de resíduos urbanos, a estrutura informal de coleta e reciclagem e os desafios socioeconômicos associados à inclusão de catadores e cooperativas no processo produtivo. Na política externa, o Brasil defende que a economia circular é importante ferramenta disponível para se alcançar padrões de consumo e produção sustentáveis (ODS 12), defendendo a valorização da dimensão social, levando em conta, por exemplo, o importante papel dos catadores para a promoção de padrões de consumo e produção sustentáveis.
