Resolução da Anatel atribui partes da faixa de 300 MHz para o setor de radiodifusão

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou nesta quarta-feira (22) no Diário Oficial da União (DOU) a Resolução 772/2025, que aprova o Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de Faixas de Frequências no Brasil (PDFF). Entre os destaques da Resolução, está a atribuição de partes da faixa de 300 MHz para os serviços de radiodifusão, que representa mais um importante passo para a implantação da TV 3.0 no Brasil.

“A TV 3.0 vai revolucionar a forma de se assistir TV aberta no país, com mais qualidade de imagem e de som, interatividade, integração com a internet, navegação por aplicativos, personalização de conteúdo, entre outras novidades”, disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.

Essa definição é uma importante etapa para que as emissoras de televisão possam emitir os sinais de TV 3.0 nessa faixa de frequência.

O secretário de Comunicação Social Eletrônica, do Ministério das Comunicações, Wilson Wellisch, destacou a relevância da medida.

“A publicação dessa Resolução é muito importante para implantarmos a TV 3.0. É mais uma etapa vencida rumo à implementação desse novo, moderno e revolucionário sistema de transmissão da TV aberta, que vai beneficiar milhares de brasileiros”, afirmou Wellisch.

O ato da Anatel reflete os esforços da agência, do Ministério das Comunicações, do setor privado e da comunidade acadêmica para criar condições técnicas e regulamentares para a implantação da TV 3.0 no Brasil.

O tema foi amplamente debatido no Subgrupo de Trabalho (SGT) de Tecnologia do Grupo de Trabalho (GT) TV 3.0, que reúne especialistas e representantes do setor para definir os parâmetros técnicos e as diretrizes para a adoção da nova tecnologia no país. A aprovação da atribuição da faixa de 300 MHz é resultado direto desses debates e da intensa colaboração entre diferentes partes interessadas.

O que é?

A TV 3.0 é um novo padrão que vai revolucionar a TV aberta, com integração completa dos canais com a internet. Não haverá mais canais, mas apenas aplicativos nos aparelhos. A migração será gradativa, com início nas grandes capitais.

A navegação será mais interativa e inovadora, pois passará a ser feita apenas por aplicativos, abandonando o atual sistema por números. Isso permitirá que os canais ofereçam, além do que já é transmitido ao vivo por sinal aberto, conteúdos adicionais sob demanda, que podem ser uma série, um jogo, um programa.

A qualidade da imagem irá, no mínimo, quadruplicar. O padrão atual, que é na TV Digital com Full HD, passará para 4k ou até 8k. Mais informações por espaço, melhorando a cor e a nitidez. O contraste também vai ser aprimorado, por meio de tecnologias de HDR (High Dynamic Range).

Com som imersivo, o telespectador terá a sensação de estar no ambiente que está sendo assistido.

Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • Mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.6086 ou (61) 2027.6628