"Uma organização íntegra não é apenas aquela que é livre de corrupção", diz diretora da CGU

No terceiro painel do I Encontro de Sustentabilidade ESG do Ministério das Comunicações (MCom) e entidades vinculadas, nesta quarta-feira (16), os debatedores destacaram Os riscos da sustentabilidade ESG e a integridade na gestão dentro das organizações. O evento ocorre até quinta-feira (17) abordando questões sobre sustentabilidade ambiental, social e governança, alinhadas aos princípios do ESG.

A diretora de Programas de Integridade Pública e Prevenção a Conflito de Interesses da Controladoria-Geral da União (CGU), Renata Alves de Figueiredo, explicou a evolução da integridade nas organizações e as mudanças no atual Programa da Integridade Pública. "Uma organização íntegra não é apenas a organização que é livre de corrupção. A dignidade humana está sim diretamente relacionada à integridade organizacional", acrescentou.

Figueiredo mostrou ao público exemplos concretos de campanhas de integridade dentro da administração pública, como o Programa de Integridade do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Segundo a diretora da CGU, cada organização tem suas especificidades e riscos distintos, mas é necessário ir além das medidas mínimas.

Para o advogado e ex-ministro do Planejamento e da CGU, Valdir Simão, políticas de integridade precisam estar presentes não só nas organizações públicas, como também na iniciativa privada. "O segredo é o equilíbrio entre cultura e controle organizacional. O controle é essencial, mas ele precisa estar equilibrado com a cultura interna de integridade. Esse é um processo contínuo e que leva tempo", explicou.

Simão destacou ainda que é necessário a existência de um diálogo entre o setor público e privado. "Essa relação precisa ser restabelecida com a confiança plena. Que o passado não deixe contaminar esse diálogo que é essencial para o Brasil", finalizou o advogado.

A mediadora do painel e diretora de Governança e Estratégia do Correios, Mariana Cruz Montenegro, reforçou o importante papel da CGU, que cria manuais de governança e integridade que são utilizados inclusive no setor privado. "Essa agenda não está ganha. Estamos em constante luta para conseguir firmar esses compromissos com diversidade, com o social, o ambiental e a governança", destacou. Segundo Montenegro, o grande desafio para os próximos anos é o Brasil construir os próprios padrões de integridade e governança.

SOBRE O ESG - O I Encontro de Sustentabilidade ESG do MCom e entidades vinculadas vai até o dia 17 de agosto. O evento discute questões de sustentabilidade com o objetivo de estimular as ações de integridade nas áreas de meio ambiente, social e governança. A sigla vem do inglês Environmental, Social and Governance – isto é, Meio ambiente, Social e Governança – e diz respeito às práticas de sustentabilidade dentro das organizações nessas três esferas.

O aprofundamento nos critérios ESG é prioridade para a atual gestão do MCom, que reconhece que a Pasta têm um papel fundamental na promoção de políticas públicas relacionadas às Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC), gerando impactos significativos no meio ambiente e na sociedade.

Confira como foi o segundo dia de evento:

Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.5530