Norte Conectado e Digitaliza Brasil são destaques em evento sobre sustentabilidade

O Ministério das Comunicações (MCom) realizou, nesta quarta-feira (16), o segundo dia de programações do I Encontro de Sustentabilidade ESG do MCom e Entidades Vinculadas (ESG MCom 2023), com três painéis nos quais são apresentadas e debatidas ideias sobre sustentabilidade ESG – sigla que, em inglês, significa Meio Ambiente, Social e Governança – sob diferentes aspectos.

O primeiro painel do dia teve como tema "Experiências da iniciativa privada na gestão ambiental", com mediação da diretora do Departamento de Radiodifusão Pública, Comunitária e Estatal do MCom, Daniela Naufel Schettino. Os painelistas convidados foram o engenheiro e coordenador na Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão, Francisco Peres; e o consultor científico para a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), gestora do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), Ismael Nobre.

Os participantes falaram sobre as experiências da iniciativa privada na gestão ambiental e a relação dessas iniciativas com algumas políticas públicas do Ministério das Comunicações.

TV DIGITAL – Em sua fala no painel, Francisco Peres apresentou um histórico das experiências do setor de radiodifusão na busca por tornar a infraestrutura de transmissão mais sustentável na transição da TV Analógica para a TV Digital.

A partir de 2018, com a meta de desligamento do sinal analógico, surgiu um desafio para o setor: atualizar a infraestrutura utilizada no modelo de TV analógica de forma a utilizar melhor os espaços e economizar energia, sem deixar de lado a eficiência ao levar conteúdo, cultura, informação e entretenimento para a população brasileira, sobretudo no interior do País.

Alguns projetos-pilotos foram executados em cidades como Tiradentes (MG), Siqueira Campos (PR) e Espumoso (RS), até chegar em um modelo final, mais sustentável e econômico que o anterior e implantado em cerca de 1,5 mil estações em todo o País.

"Chegamos a esse modelo em um momento muito oportuno, que coincidiu com o lançamento de uma política pública promovida pelo MCom e pela Anatel: o Digitaliza Brasil. Se não fosse por essa política, talvez não seria possível uma implementação na mesma escala", declarou Francisco Peres.

DESENVOLVIMENTO NA AMAZÔNIA – Iniciativas de bancos e empresas privadas na gestão ESG foram abordadas por Ismael Nobre, da FUEA. O painelista explicou os projetos e a atuação da FUEA para o desenvolvimento econômico da Amazônia e destacou um item "essencial" de infraestrutura para a execução e sucesso de todo projeto na região: as comunicações, com destaque para iniciativas do MCom.

"Sem uma revolução da comunicação, não vamos conseguir alavancar esses potenciais da Amazônia. Sempre uso exemplo do SGDC [Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas] mas destaco também o Programa Norte Conectado como uma como uma esperança de levar fibra óptica aos rincões da Amazônia. A ESG é o passe para conseguirmos fazer essa mudança", afirmou.

AMAZÔNIA 4.0 – Nobre destacou também o trabalho da Amazônia 4.0, uma Organização da Sociedade Civil formada por cientistas e pesquisadores que, segundo o painelista, busca contribuir para uma mudança no modelo de desenvolvimento da Amazônia, que associe a conservação à melhoria da qualidade de vida; e à inclusão social, econômica e tecnológica para as populações da região.

"A Amazônia 4.0 nasceu praticamente dentro do que é a ESG em sua essência. Temos uma abordagem de que o futuro e a floresta são compatíveis. A ideia é fazer uma economia de valor agregado na Amazônia, é fazer a floresta viva valer mais do que as alternativas. É incrível o que a floresta tem e pode gerar em termos de valor. A biotecnologia descobre a cada dia mais importância econômica da floresta", destacou.

ESG MCOM 2023 – A programação desta quarta-feira também inclui os painéis" A inclusão digital como oportunidade ESG" e "Os riscos de sustentabilidade ESG" e a integridade na gestão.

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