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FORTALECIMENTO DO SUS
Ministra Esther Dweck participa da posse da nova diretoria da Anvisa e destaca papel estratégico da agência
Com a presença da ministra Esther Dweck e do ministro Alexandre Padilha, a Anvisa empossou sua nova diretoria. O evento destacou a importância da ciência, do diálogo com a sociedade e da atuação estratégica da agência para a saúde da população brasileira. Foto: Adalberto Marques
O compromisso com uma Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com autonomia técnica e regulatória, transparente, sempre em sintonia com o Sistema Único de Saúde (SUS) e operando em diálogo com a sociedade foi a tônica da posse do novo diretor-presidente da agência, Leandro Safatle, e dos diretores Daniela Marreco Cerqueira e Thiago Lopes Cardoso Campos. A cerimônia de posse nesta quarta-feira (10/9), na sede da Anvisa, contou com a presença da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O novo diretor-presidente, Leandro Safatle, lembrou que o trabalho da Anvisa “salva vidas, em uma atuação muitas vezes silenciosa, sem que a sociedade perceba” e reafirmou o papel fundamental da agência e seu corpo técnico na preservação da saúde e, por consequência, da vida dos brasileiros. A diretora Daniela Cerqueira ponderou que a Anvisa é uma agência que quer “ser ponte e não barreira” no país, enquanto Thiago Campos lembrou a importância de pessoas negras serem colocadas em posição de liderança no Brasil. “Cada atraso e cada decisão negligenciada em uma agência como a Anvisa afeta principalmente a população negra do nosso país”.
Os três novos membros da diretoria defenderam que uma política de desenvolvimento industrial precisa aliar desenvolvimento econômico e acesso universal da população brasileira à saúde, mesma posição reafirmada pela ministra Dweck e pelo ministro Padilha.
A ministra Esther Dweck lembrou do trabalho dos servidores da Anvisa durante a Covid-19: “Em um dos momentos mais difíceis da nossa história, durante a pandemia, vocês, servidores da Anvisa, tiveram uma atuação essencial, mostrando a importância das instituições do Estado brasileiro, que resistem aos desmandos e conseguem fazer frente e garantir à nossa população toda a segurança”, afirmou.
Para a ministra, a posse da nova diretoria da Anvisa se insere em um movimento mais amplo de reestruturação do Estado brasileiro. Ela reforça que a recomposição das agências reguladoras é parte essencial desse processo, fortalecendo o papel do Estado como indutor do desenvolvimento e garante equilíbrio na relação com a sociedade e o setor privado.
“Desde o início desse terceiro mandato do presidente Lula, estamos em processo de reestruturação do Estado brasileiro. Essa recomposição das agências é parte desse trabalho. A Anvisa e outras agências representam uma ponte entre o setor público e o setor privado. Ao contrário de teses que acham que você pode abandonar o Estado para ter desenvolvimento, todo mundo que está aqui sabe da importância do Estado, em parceria com o setor privado, para que tenhamos, de fato, um grande desenvolvimento”, acrescentou a ministra da Gestão.
O ministro Alexandre Padilha reforçou a importância da resistência dos servidores da Anvisa e do trabalho pautado pelo rigor técnico e defesa da ciência e também da importância de políticas de incentivo ao desenvolvimento local. Padilha lembrou que a pandemia evidenciou, de forma inédita, a importância desse sistema público para a vida da população brasileira. Para ele, o momento atual representa uma oportunidade histórica de reconstrução e avanço. “Nós temos a responsabilidade histórica de construir um novo SUS pós-pandemia. Primeiro porque, assim como a Anvisa, nunca a população brasileira percebeu tanto a importância do Sistema Único de Saúde como percebeu durante a pandemia”, afirmou.
Ao destacar a singularidade do SUS no cenário internacional, Padilha lembrou que o Brasil é um dos poucos países de grande população que adotou o modelo universal de saúde, voltado para todos os cidadãos e cidadãs. Ele reforçou que esse é um patrimônio nacional que precisa ser valorizado e constantemente fortalecido. “Nós temos muito orgulho do nosso mercado público. São mais de 200 milhões de brasileiros e brasileiras. Nenhum país com mais de 100 milhões de habitantes assumiu o compromisso de ter um sistema único, universal de saúde”, reforçou.
O ministro acrescentou que a Anvisa tem um papel fundamental no esforço do Brasil de se incorporar à reorganização global das cadeias de produção e argumentou que “o Brasil não tem como garantir proteção sanitária ao povo se não aumentar, com cooperação interna e externa, sua produção local e sua capacidade de incorporar as tecnologias que são produzidas, para que elas entrem o mais rápido possível no mercado público e no mercado privado para reestimular que a inovação continue”, concluiu.