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CONCURSO NACIONAL
Provas objetivas do CPNU foram realizadas em 11 municípios do estado do Rio
Candidatos chegam à local de prova no Rio de Janeiro. Foto: Ana Carolina Fernandes
O Concurso Nacional Público Unificado (CNPU) 2025, promovido neste domingo (5/10) pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), contou com a participação de milhares de fluminenses que sonham com uma vaga de trabalho em um órgão federal. O dia de sol exigiu disciplina e pontualidade dos candidatos que participaram das provas objetivas da primeira fase do exame. Executado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o CNPU ocorreu em 181 locais de 11 municípios do Rio de Janeiro.
Histórias de superação e esperança marcaram os perfis dos candidatos fluminenses. Para muitos, o concurso representa uma oportunidade concreta de recomeço profissional e estabilidade familiar.
Lenice de Souza, 44 anos, moradora de Guaratiba, vê no concurso a chance de alinhar vocação e formação. Formada em História e atualmente contratada temporária como agente de apoio à educação especial, ela sonha em atuar em órgãos como o Iphan. “Tenho amigos que vieram de berços humildes como o meu e hoje têm uma vida mais segura graças ao serviço público. Isso me inspira”, afirmou.
Já o carioca Alexandro Leal dos Santos, de 43 anos, vislumbra oferecer mais qualidade de vida para o filho de oito anos, que é autista. Casado, o morador de Campo Grande, ele trabalha como operador de equipamentos de aeroporto, apesar da formação em engenharia civil.
“É muito importante que concursos como esse sejam realizados no país inteiro porque democratiza o acesso às oportunidades”, analisou. Ele conta que, apesar do pouco tempo para os estudos, buscou usar o exaustivo trajeto diário de ida e volta para o trabalho, em torno de cinco horas, para atualizar os conteúdos. “Se for aprovado, terei condições de acompanhar mais de perto o desenvolvimento do meu menino, apoiando em suas necessidades e tratamentos para que ele tenha cada vez mais autonomia”, declarou.
Aos 47 anos, Annie Gomes da Roza é formada em Arquitetura e Urbanismo e enfrenta o etarismo do mercado de trabalho. Sem emprego há quatro anos, ela decidiu se dedicar aos estudos para o concurso público como forma de reingressar profissionalmente e realizar um sonho: usar seu conhecimento para transformar comunidades vulneráveis.
“Quero trabalhar com habitação popular, aplicar meus conhecimentos técnicos em bairros de populações vulneráveis, contribuir com planejamento urbano que melhore a qualidade de vida das pessoas”, afirmou. Para Annie, o CNU é mais que uma oportunidade: é uma porta para servir ao próximo com dignidade e justiça social.
Formada em Administração com pós-graduação em Gestão Financeira, Suane Domingos Matias, de 29 anos, acredita que o CNU é uma ferramenta de inclusão social. Inspirada pela experiência como estagiária em um órgão público há alguns anos, ela acredita que o Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025 democratiza as oportunidades para toda a população e pode ser o caminho para uma vida mais segura e confortável. “Na iniciativa privada, estamos sempre sob risco. No serviço público, posso planejar minha vida, ajudar minha família e ter uma rotina mais tranquila”, explicou.
Com vagas lotadas em diversos órgãos federais, de unidades sediadas no estado, o CNPU oferece oportunidades para Anvisa, ANP, ANS, INCA, ministérios e fundações, além de Biblioteca Nacional, entre outros.
Diversidade e Inclusão
O edital do CPNU 2 inclui políticas afirmativas que garantem reserva de vagas e tratamento equitativo para grupos historicamente excluídos. No Rio de Janeiro, essas medidas se refletem em 33.625 pessoas negras inscritas, representando 15,94% do total nacional nessa categoria; 587 pessoas indígenas, que correspondem a 8,82% do total nacional; 392 pessoas quilombolas, o que equivale a 7,83% do total nacional; e 3.692 pessoas com deficiência, representando 12,28% do total nacional nessa categoria.
Vagas no Brasil
Em todo o Brasil, o certame oferece 3.652 vagas em 32 órgãos, atraindo candidatos de 4.951 municípios, com provas aplicadas simultaneamente em 228 cidades.
A lista de convocados para a segunda prova será divulgada no dia 12 de novembro e a prova discursiva será no dia 7 de dezembro.