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Brasil apresenta avanços em desenvolvimento humano e nas estratégias de IA no lançamento de relatório do PNUD
Ministra Esther Dweck participou virtualmente do lançamento global do Relatório de Desenvolvimento Humano 2025, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, participou, de forma virtual, nesta terça-feira (06/5), do lançamento global do Relatório de Desenvolvimento Humano 2025, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em Bruxelas na Bélgica. Intitulado "Uma questão de escolha: Pessoas e possibilidades na era da IA", o documento alerta para a desaceleração inédita no progresso global do desenvolvimento humano e discute como a inteligência artificial pode reacender esse processo.
Durante sua participação no evento, a ministra agradeceu a escolha do Brasil como um dos países analisados no estudo, que busca entender como a Inteligência Artificial (IA) pode impactar o desenvolvimento humano. Ela citou o crescimento do Brasil, que subiu cinco posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), desde o último relatório. “Para nós, isso é uma prova de que os esforços que temos feito no governo Lula para reconstruir a capacidade do Estado e desenvolver competências públicas robustas estão, de fato, gerando resultados concretos para a população”, afirmou.
De acordo com o relatório, O Brasil aparece na 84ª colocação com um IDH de 0,786 (em uma escala de 0,000 a 1,000), um índice considerado de desenvolvimento alto. Em relação a 2022, o IDH do país cresceu 0,77% porque o índice era de 0,780 (ajustado este ano).
Em 2022, o Brasil estava na 89ª posição, o que significa que o país subiu cinco colocações. No IDH de 2022 ajustado este ano, no entanto, o país estava na 86ª posição e, portanto, subiu duas colocações no ranking (ultrapassando a Moldávia e empatando com Palau). O relatório também mostra a evolução do país nos períodos de 2010 a 2023 (um aumento médio anual de 0,38%) e de 1990 a 2023 (um crescimento médio de 0,62%).
O novo relatório do PNUD mostra também que, apesar do potencial da Inteligência Artificial para o desenvolvimento humano, o índice global do IDH segue estagnado, especialmente em países mais pobres, e alerta para o aumento das desigualdades. A publicação defende que o uso da inteligência artificial deve estar centrado nas pessoas, e aponta caminhos para que a tecnologia seja usada de forma ética, inclusiva e que transforme a vida das pessoas.
Nesse contexto, a ministra destacou que o Brasil lançou seu Plano Nacional de Inteligência Artificial no ano passado, e que tem discutido sua implementação em diferentes frentes, envolvendo o setor produtivo, a infraestrutura e os serviços públicos.
“No setor público, temos algumas iniciativas que podem servir de referência ou inspiração para parcerias. Estamos, por exemplo, trabalhando com tecnologias para detecção e previsão de desmatamento ilegal, identificação de incêndios florestais, monitoramento de vazamentos de óleo em águas marinhas e rastreamento de tráfico de animais silvestres. Temos buscado as melhores práticas internacionais, adaptando-as à nossa realidade social, e estamos institucionalizando processos de avaliação do uso da IA nos serviços públicos, para garantir que ela realmente contribua para melhorar a vida das pessoas”, ressaltou.
A ministra da Gestão também defendeu a necessidade de uma regulação global da IA, e reforçou que o uso da tecnologia pode fortalecer a democracia. “Se utilizarmos a IA para oferecer serviços públicos melhores, mais eficientes e inclusivos, isso pode gerar impactos concretos na vida das pessoas e, com isso, ampliar a confiança nas instituições e na democracia”, afirmou.
O evento promovido pelo PNUD em parceria com a Comissão Europeia e o governo da Bélgica reuniu autoridades e especialistas internacionais, como o administrador do PNUD, Achim Steiner. No painel “Escolhas”, que contou com a participação virtual da ministra Esther Dweck, também estiveram presentes Michael Spence, economista, ganhador do Prêmio Nobel e professor emérito da Universidade de Stanford; Urvashi Aneja, fundadora do Digital Futures Lab; Rapelang Rabana, codiretora executiva da Imagine Worldwide; e Rose Mutiso, diretora de pesquisa da Energy for Growth Hub.