Notícias
STATES IN TRANSITION
MGI promove seminários do States in Transition para debater desafios das políticas públicas
Representando o MGI, a ministra da Gestão substituta, Cristina Mori, e o secretário de Transformação do Estado, Francisco Gaetani, comporam a mesa de abertura da série de seminários do States In Transition. Foto: Adalberto Marques
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), deu início, na manhã desta quarta-feira (30/7), à série de seminários do States in Transition, painel que reúne especialistas para discutir as transições tecnológica, climática, demográfica, econômica e social, grandes desafios para a implementação de políticas públicas no presente e futuro. A proposta do evento é dar prosseguimento com uma abordagem mais específica às conversas iniciadas no States of the future, realizado em julho passado no contexto das reuniões do G-20, no Rio de Janeiro.
A mesa de abertura do evento contou com a presença da ministra da Gestão substituta, Cristina Mori; do secretário Extraordinário para a Transformação do Estado no MGI, Francisco Gaetani; da presidenta do IPEA Luciana Servo; da secretária Nacional de Planejamento do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), Virgínia de Angelis e da professora adjunta do Departamento de Demografia da UFMG, Luciana Luz. Os seminários são promovidos pela Secretaria Extraordinária para a Transformação do Estado do MGI, com apoio do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Pela manhã, foram realizados dois painéis expositivos: o primeiro abordou os desafios de envelhecimento populacional e seus efeitos sobre o cuidado, a saúde e os arranjos familiares; já o segundo discutiu os impactos da transformação demográfica na previdência, no mercado de trabalho e na distribuição de renda, com foco nos desafios de sustentabilidade e equidade.
Para a ministra Substituta, o papel do MGI para o fortalecimento das capacidades institucionais do Estado precisa de informação e propostas qualificadas para que o país consiga dar conta dos desafios da atualidade – e também do futuro. “Esse é um passo importante para a gente, poder dar sequência às discussões e às reflexões, e aprofundando com quem mais entende disso, com quem estuda isso de verdade”, disse Cristina.
O primeiro painel, intitulado “Transição Demográfica Brasileira, Desafios para o Envelhecimento”, foi destacado o aumento da população idosa e a crescente demanda por cuidados, tratando a questão socioeconômica tanto dos que necessitam desse cuidado como daqueles que prestam o serviço - de forma remunerada ou não. A atividade contou com a earticipação de Karla Giacomin, médica geriatra da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte; Maria Carolina Alves, diretora do Departamento de Cuidados da Primeira Infância e da Pessoa Idosa no Ministério do Desenvolvimento; Marcia Castro, chefe do Departamento de Saúde Global e População, e do Centro de Estudos Populacionais e de Desenvolvimento de Harvard; além de Luciana Luz, que permaneceu na mesa para ser a moderadora do primeiro debate do seminário.
Também foram abordados os avanços na construção da Política Nacional de Cuidados, instituída pela Lei nº 15.069/24, que reconhece o cuidado como direito e responsabilidade compartilhada entre Estado, famílias, comunidade e setor privado. Apesar dos avanços, as participantes deixaram claro que a atual situação exige políticas integradas entre diversos atores e áreas do Estado.
Outros pontos de destaque foram a previsibilidade do envelhecimento da população e os impactos da velhice, abordados diante de quatro eixos: saúde, assistência social, espaço urbano e educação, destacando-se questões como obesidade, falta de infraestrutura para idosos e mudanças nos hábitos das novas gerações, como a queda na leitura e o baixo desempenho em áreas fundamentais como matemática e ciências.
Os debates continuaram no Painel 2, com o tema “Transição Demográfica Brasileira: Impactos na Previdência, Trabalho e Distribuição de Renda”, que contou com especialistas no assunto. No período da tarde, o evento seguiu com workshops temáticos, aprofundando os debates realizados pela manhã e propondo materiais orientadores para políticas públicas em desenvolvimento.
Leia também: