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Gestão apresenta projetos de inteligência artificial do governo federal em seminário dos BRICs
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) participou, nesta terça-feira (1º/7), do seminário Governança e Estratégias Públicas em Inteligência Artificial, organizado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) no Rio de Janeiro. Pela manhã, a ministra da Gestão Esther Dweck participou da abertura do evento e, durante a tarde, o secretário de Governo Digital do MGI, Rogério Mascarenhas fez apresentação no painel Inteligência Artificial e Políticas Públicas.
Mascarenhas iniciou a exposição de políticas públicas desenvolvidas por diversos órgãos do governo federal, apresentando brevemente as principais iniciativas do ministério na área de IA. Ele chamou atenção para as parcerias feitas pelo MGI com outros órgãos e empresas públicas e deu exemplos concretos de aplicações, sistemas e projetos criados em cooperação.
Alguns exemplos citados pelo secretário foram o sistema Sapiens, da Advocacia-Geral da União, o app Meu SUS Digital do Ministério da Saúde, a Nuvem de Governo ofertada pelas empresas públicas de tecnologia e a parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) para capacitar servidores públicos federais. “Só em 2025, cerca de 12 mil servidores já foram capacitados ou estão em capacitação”, comemorou Mascarenhas, que considera esse um fator essencial para o avanço do uso positivo de IA no setor público.
Ele também detalhou aos presentes os três eixos de atuação do ministério dentro das ações previstas no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA): a Infraestrutura Nacional de Dados (IND), o Núcleo de IA e as soluções para serviço público. “O nosso núcleo de IA faz um diagnóstico dos órgãos do governo federal e identifica iniciativas com potencial para que a SGD possa ajudar no desenvolvimento técnico desses projetos”, explica o secretário. De acordo com ele, o MGI acompanha 228 órgãos e 117 inciativas em andamento ou já implementadas.
Em sua apresentação, Mascarenhas também destacou a IND, que promove a construção e integração da infraestrutura de dados do governo federal para permitir uma melhoria dos serviços públicos em geral e dos projetos de IA, de forma mais específica. “não temos como potencializar essa agenda de transformação e uso de IA sem olhar para os dados, sua qualidade e sua integração”, declarou ele.
Nesse sentido, o secretário citou principalmente a interoperabilidade entre sistemas, que permite a integração de diversos bancos de dados públicos, quando necessário para prestar serviços mais eficientes e levando em conta a proteção dos dados pessoais, além da chamada nuvem soberana, desenvolvida com Serpro e Dataprev, para guardar e operar com segurança dados sensíveis do governo federal em um ambiente geopolítico e tecnológico cada vez mais veloz e complexo.
Além da SGD, o painel também contou com a participação de representantes do próprio BNDES; dos ministérios da Fazenda; da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Saúde; e do Observatório para Inovação no Setor Público da OCDE. As apresentações foram marcadas pela atenção dada à urgência do tema. Isso porque, segundo o moderador do painel e representante da Comissão de Assuntos Estratégicos do BNDES, Luiz Claudio Costa, a inteligência artificial já deixou de ser uma tendencia tecnológica para o futuro e se tornou uma realidade do dia a dia tanto no setor privado quanto no público.