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ARQUIVO NACIONAL
Encontro institucional debate prevenção e enfrentamento ao assédio e à discriminação no Arquivo Nacional
Legenda: Evento do AN com participação de gestores do MGI promove debate sobre como identificar e enfrentar a violência simbólica no ambiente profissional. Foto: Arquivo Nacional
Na manhã do dia 2 de julho, o Arquivo Nacional (AN) realizou o Encontro Institucional para a Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação, uma atividade dedicada ao fortalecimento da cultura de integridade no serviço público. Com a participação de gestores da Assessoria de Controle Interno do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o evento reuniu servidoras e servidores no auditório da sede da instituição, no Rio de Janeiro, com participação remota das equipes da Superintendência Regional (Sureg).
A diretora-geral do Arquivo Nacional, Monica Lima, abriu o encontro agradecendo a presença de todas e todos e destacou a importância da participação ativa das equipes na construção de um ambiente institucional mais ético e seguro. Em sua fala, ressaltou que a realização do evento, além de atender a uma demanda interna, expressa o compromisso da atual gestão com o tema. Para ela, “integridade também é coragem. Coragem de não naturalizar o assédio, a omissão e de construir, em conjunto, um ambiente digno, respeitoso e seguro.” Acrescentou ainda que, mais do que um programa, trata-se de estabelecer um pacto institucional que incorpore a integridade como valor permanente da cultura organizacional. “E que esse encontro nos inspire a olhar com profundidade para quem somos dentro desta instituição: para além do trabalho, somos uma comunidade de pessoas”, afirmou.
O presidente do Comitê de Resolução de Conflitos do Arquivo Nacional e arquivista do AN, Carlos Augusto Silva Ditadi, apresentou um panorama histórico do comitê, incluindo sua estrutura, composição, base normativa e princípios norteadores. Destacou que o objetivo central do comitê é apoiar a construção de relações interpessoais mais saudáveis, respeitosas e colaborativas, com vistas à promoção do bem-estar e à entrega de valor público à sociedade.
Na sequência, a coordenadora de Gestão da Integridade do MGI, Karina Mendes Nunes Viana, destacou que a verdadeira excelência no serviço público começa dentro das instituições, em ambientes de trabalho íntegros, saudáveis e integrados. Em sua apresentação, abordou as diretrizes do Decreto nº 11.529/2023, que trata da prevenção e do enfrentamento à corrupção, aos desvios de conduta, ao assédio e à discriminação na administração pública federal.
Flávio Horácio Souza Vieira, coordenador de Suporte à Gestão de Riscos do MGI, falou sobre a importância da gestão de riscos no serviço público como ferramenta essencial de governança e prevenção. Ao compartilhar sua experiência na área, destacou os desafios da implementação de políticas que integrem a gestão de riscos às estratégias institucionais, com foco no fortalecimento da integridade.
Encerrando a programação da manhã, Patrícia Araújo Gusmão Souza, da Corregedoria do MGI, abordou o papel da corregedoria como última instância do sistema de integridade, ressaltando seu caráter punitivo, mas também pedagógico. Enfatizou que a integridade se constrói nas pequenas atitudes do dia a dia e que a corregedoria deve ser compreendida como uma parceira no processo de aprimoramento institucional. Em sua fala, apresentou as atribuições da Corregedoria do MGI, esclareceu o que configura assédio moral no ambiente de trabalho e chamou atenção para as violências simbólicas, frequentemente naturalizadas ou invisibilizadas, mas com impactos profundos nas relações profissionais.
Oficina debate práticas de integridade e violências simbólicas no trabalho
No período da tarde, as servidoras e os servidores participaram da oficina “Práticas de Integridade Organizacional: reconhecer, prevenir e enfrentar violências simbólicas no trabalho”, conduzida por Karina Viana. Realizada no miniauditório da sede do Arquivo Nacional, a atividade propôs uma reflexão prática sobre as violências simbólicas no cotidiano institucional.
Com foco na melhoria das relações interpessoais e no fortalecimento da cultura de integridade, a oficina destacou a importância de um ambiente de trabalho respeitoso, seguro e motivador, como também aponta uma pesquisa recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A oficina faz parte da programação especial sobre integridade do AN e teve como objetivo ampliar a compreensão sobre a violência simbólica, suas diferentes manifestações e impactos, além de desenvolver competências e habilidades para seu enfrentamento no ambiente de trabalho.
* Com informações do Arquivo Nacional