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INOVAÇÃO
MGI e UNICEF assinam acordo para uso de ciências comportamentais em benefício à saúde de crianças e adolescentes
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) assinaram, nesta quarta-feira (03/12), em Brasília (DF), um Memorando de Entendimento (MoU) voltado ao fortalecimento do uso de ciências comportamentais na formulação e implementação de políticas públicas que impactem crianças, adolescentes e suas famílias, com atenção especial às populações vulneráveis. No MGI, o trabalho será conduzido pela Unidade de Ciências Comportamentais (CINCO), da Secretaria de Gestão e Inovação (Seges), e destinado à promoção da vacinação anti-HPV e de hábitos de alimentação saudável.
As ciências comportamentais são um campo interdisciplinar que estuda o comportamento humano e os processos de tomada de decisão, utilizando conhecimentos de diversas áreas, entre elas psicologia, sociologia, neurociência e economia. O objetivo é entender como fatores sociais, culturais, emocionais e cognitivos influenciam as ações e escolhas das pessoas.
O MoU estabelece uma parceria bilateral de dois anos e assinatura do memorando foi realizado na sede do MGI, com a presença da Ministra da Gestão, Esther Dweck, do representante da UNICEF no Brasil, Joaquin Gonzalez-Aleman, do secretário da SEGES, Roberto Pojo e de outros representantes do MGI e do Unicef.
Sobre o memorando, a ministra Esther Dweck, destacou que a parceria marca um passo importante para consolidar o uso de evidências e de metodologias inovadoras na gestão pública. O secretário de Gestão e Inovação, Roberto Pojo, afirmou que a cooperação com o UNICEF representa um avanço relevante para o fortalecimento da capacidade do governo em formular políticas públicas mais eficazes. “Para nós, é uma honra trabalhar com o UNICEF e estabelecer uma parceria estratégica que amplia o alcance das políticas públicas e reforça nosso compromisso com soluções inovadoras e orientadas por evidências para a proteção e o desenvolvimento de crianças e adolescentes”, declarou.
O representante do UNICEF no Brasil, Joaquin Gonzales-Aleman, ressaltou que a parceria com o MGI, formaliza uma cooperação estratégica voltada a soluções inovadoras que impactam diretamente a infância no País. “Essa parceria com o Ministério da Gestão e com a CINCO é fundamental para transformar conhecimento em ações concretas que melhorem a vida de crianças e adolescentes no Brasil. Estamos muito satisfeitos em unir esforços com o governo brasileiro para enfrentar desafios complexos com soluções inovadoras e baseadas em evidências”, disse.
Cooperação técnica
O MoU prevê que as atividades da parceria serão realizadas inicialmente na área da saúde, visando o trabalho de promoção da vacinação anti-HPV e de hábitos de alimentação saudável. No tema da vacinação, a proposta é identificar quais fatores contextuais que impactam a decisão de adolescentes para tomar ou não a vacina contra o papilomavírus humano (HPV). Na sequência, devem ser propostas estratégias de saúde pública para aumentar a cobertura vacinal e a prevenção de doenças associadas ao vírus, com foco em populações vulneráveis. Esse projeto tem o Ministério da Saúde como interlocutor técnico.
Quanto à promoção da alimentação saudável, o objetivo é desenvolver e testar estratégias comportamentais para reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e promover escolhas alimentares mais saudáveis, em alinhamento com a Estratégia de Prevenção da Obesidade 2024–2034. Nesse caso, a cooperação bilateral entre MGI e UNICEF tem interlocução técnica com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e universidades parceiras, exclusivamente para apoio técnico, troca de informações e colaboração científica.
O MoU permite ainda a pactuação de novas atividades ao longo da parceria. Para a coordenadora da CINCO, Marizaura Camões, “essa parceria do MGI com o UNICEF fortalece a capacidade do governo brasileiro de aplicar ciências comportamentais a desafios que impactam diretamente a vida das pessoas. Ao unirmos esforços para ampliar a cobertura vacinal do HPV e reduzir o consumo de ultraprocessados entre crianças e adolescentes, avançamos na construção de políticas públicas mais efetivas, sensíveis aos contextos locais e orientadas por evidências”, explicou.