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MGI defende diversidade como eixo de governança das estatais durante evento “Democracia e Direitos Humanos”
A secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do MGI, Elisa Leonel, participou do painel sobre direitos humanos, diversidade, equidade e inclusão, destacando a diversidade como elemento central para o fortalecimento da governança e para o papel das empresas estatais no desenvolvimento social e econômico do país. Foto: Ascom MGI
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) participou, nesta segunda-feira (15/12), do evento “Democracia e Direitos Humanos: empresas brasileiras juntas por um país mais igual”, organizado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), MGI, Instituto Ethos, Comissão Arns, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e apoio da Fiesp. O encontro foi realizado na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.
Durante o painel “Avanços e compromissos das empresas em direitos humanos, diversidade, equidade e inclusão”, a secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do MGI (SETE/MGI), Elisa Leonel, destacou a diversidade como elemento indissociável do fortalecimento, da reconstrução e da boa governança das empresas estatais brasileiras.
Segundo a secretária, a agenda de fortalecimento das empresas públicas está diretamente associada à visão do governo federal e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que compreende as estatais como motores do desenvolvimento social e econômico, de forma inclusiva e sustentável. “As empresas estatais prestam um papel fundamental na nossa sociedade, um papel que não é de confronto com o setor privado, mas de complementariedade, o que fortalece os resultados que somos capazes de entregar à sociedade”, afirmou.
No campo da governança, a secretária foi enfática ao afirmar que não há como dissociá-la da agenda de diversidade, especialmente em um cenário de crises globais e demandas sociais cada vez mais complexas.
Segundo ela, as estatais carregam uma responsabilidade adicional: liderar pelo exemplo. “É do DNA das estatais a responsabilidade social. Elas são parte do Estado, têm o dever de olhar para a população brasileira e gerar resultados concretos para essa população. Isso está inserido na sua razão de ser”, disse.
O painel contou ainda com a participação da diretora do BNDES, Helena Tenório, que destacou que a diversidade deve ser encarada como vetor estratégico. “Diversidade é um motor do desenvolvimento”, afirmou, ao defender o diálogo entre empresas, sociedade civil e academia para consolidar conquistas e inspirar novas ações.
A diretora-executiva do Movimento pela Equidade Racial (MOVER), Natália Paiva, ressaltou a importância de ir além da gestão de pessoas. “Precisamos tirar o olhar apenas da área de recursos humanos e entender como a diversidade se articula de forma transversal em toda a empresa e no valor que ela gera”, afirmou.
Já o diretor-presidente do Instituto Ethos, Caio Magri, chamou atenção para o papel da alta liderança na promoção da equidade. “Se há uma decisão de governança capaz de reduzir desigualdades, é a promoção da diversidade, equidade e inclusão, especialmente nas posições estratégicas e nos conselhos de administração”, destacou.
O olhar jurídico foi trazido pelo diretor-geral da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, Rafael Vicente, que enfatizou a necessidade de estrutura e compromisso. “Todos os dados mostram que diversidade é boa para os negócios, mas isso não basta. É preciso tomada de decisão, estrutura e compromisso”, afirmou.
Representando a Petrobras, a gerente de Cultura, Clima Organizacional e Diversidade, Tiana Maciel Ellwanger, destacou o impacto da diversidade na inovação. “Só a diversidade de fato consegue transformar a governança e permitir que a inovação aconteça”, afirmou, ressaltando também a importância de levar essa agenda para a cadeia de fornecedores.
Por fim, a coordenadora do Centro de Direitos Humanos e Empresas da FGV, Flávia Escabin, alertou para a distância entre discurso e prática. “A gente precisa avançar das promessas e assegurar, na prática, processos que coloquem em ação os compromissos com igualdade, equidade e inclusão, especialmente em relação às mulheres e às populações mais vulneráveis”, disse.
As falas reforçaram o entendimento de que as empresas estatais têm papel estratégico na promoção da diversidade, não apenas como compromisso institucional, mas como instrumento concreto de desenvolvimento, inovação e redução das desigualdades no país.
Valorização e respeito
O secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopes Feijó, também participou do evento e foi um dos palestrantes do painel “Democracia, direitos humanos, diversidade, equidade, inclusão”. Ele exaltou a volta da mesa de negociação com os servidores públicos, retomada pela governo do Brasil no início de 2023.
Feijoó também reforçou como o governo federal está comprometido em construir ambientes de trabalho mais seguros, diversos e acolhedores. “Este também será um dos nossos maiores legados: um sistema eficiente de enfrentamento ao assédio e à discriminação no serviço público, por meio do Programa Federal de Enfrentamento ao Assédio e Discriminação”, afirmou. O Programa impulsiona a construção de uma cultura organizacional que valoriza o respeito e a dignidade de todas as pessoas que integram o serviço público federal.
