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ENCONTRO DE LIDERANÇAS
Encontro reúne lideranças do MGI para apresentar balanços das entregas e integrar equipes de trabalho de todo o país
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) realizou, nesta quinta-feira (04/12), em Brasília, o Encontro de Lideranças do Ministério da Gestão, que reuniu mais de 300 pessoas que atuam no MGI em todo o país. O objetivo do encontro foi fortalecer a identidade institucional, integrar as equipes, fazer um balanço com as principais entregas do ministério e planejar o próximo ano. Na abertura, a ministra da gestão, Esther Dweck, destacou que, antes de qualquer entrega existe sempre um elemento fundamental que são as pessoas. Ela agradeceu a todos e todas pelo trabalho comprometido e generoso realizado no ministério.
Dweck destacou como as decisões de gestão pública impactam diretamente a vida da população. A ministra citou o enfrentamento da fome como exemplo de como políticas bem estruturadas produzem resultados concretos. Durante sua fala, ela contextualizou que, ao assumir em 2023, o atual governo encontrou um cenário de agravamento da insegurança alimentar, mesmo com o alto volume de recursos destinados à transferência de renda no período anterior. Segundo ela, a reestruturação das políticas públicas foi decisiva para que, em dois anos e meio, o país voltasse a sair do Mapa da Fome.
“Quando a gente fala de redução de desigualdade, para mim o dado mais importante foi sair novamente do mapa da fome em dois anos e meio. O governo anterior deixou 33 milhões de pessoas passando fome, mesmo com um grau de transferência de renda três vezes maior do que quando a presidenta Dilma deixou o governo. Isso é má alocação de recursos. É um Estado que não está, de fato, trabalhando como deveria. A reestruturação das políticas permitiu que milhões de pessoas recuperassem renda e deixassem programas de transferência”, explicou a ministra.
A ministra ressaltou que as equipes do MGI seguirão trabalhando na missão de entregar um Estado que funcione para a população brasileira, que seja capaz de promover desenvolvimento, reduzir desigualdades, e transformar vidas. “Os avanços que o Brasil vive hoje são resultado direto dessa reestruturação profunda que estamos fazendo, reconstruindo capacidades estatais e colocando novamente as pessoas no centro das políticas públicas”, afirmou.
Apresentação das secretarias
A programação do evento pela manhã incluiu, além da abertura com a ministra, apresentações das secretarias finalísticas e da Secretaria-Executiva e uma dinâmica de integração das equipes.
No balanço da gestão, as secretarias do MGI e as entidades vinculadas apresentaram suas trajetórias, principais entregas e perspectivas, destacando o papel do ministério no fortalecimento das capacidades do Estado brasileiro. Criado em janeiro de 2023, o MGI tem como missão enfrentar desafios como a emergência climática, a transformação digital, a transição demográfica e a inclusão social, além de produzir respostas mais ágeis diante da complexidade dos problemas contemporâneos.
A secretária-executiva Cristina Mori apresentou a atuação da Secretaria-Executiva como instância de articulação institucional do ministério, responsável pelo acompanhamento de políticas prioritárias, revisão dos atos assinados pela ministra, avaliação de propostas legislativas e coordenação de conselhos, comitês e grupos de trabalho estratégicos. Também destacou o papel da unidade como centro de resposta a demandas do Executivo e como ponte entre o MGI, a Presidência da República e os demais ministérios, além da coordenação interna entre as nove secretarias finalísticas e as entidades vinculadas Enap, ITI e Dataprev. Também foram apresentadas as perspectivas para 2026, com foco na aceleração dos projetos em curso.
Pela Secretaria Extraordinária para a Transformação do Estado (SETE), o secretário Francisco Gaetani apresentou a agenda internacional que resultou na criação do Centro Brasil–Índia de Infraestruturas Públicas Digitais (DPI) e no lançamento do Plano de Aceleração de Soluções na COP30. Destacou ainda o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como instrumento estruturante para o desenvolvimento sustentável, com o projeto Meu Imóvel Rural, integração de bases fundiárias e aplicação de credenciais verificáveis para o crédito rural. O secretário também apresentou o protagonismo do Brasil em debates internacionais sobre capacidades estatais, como no evento States of the Future, realizado em outubro.
Na Secretaria de Gestão e Inovação (Seges), a secretária-adjunta Regina Lemos apresentou alguns dos principais destaques da área. O Programa de Gestão e Desempenho já alcança 88% dos órgãos da Administração Pública Federal, o que corresponde a 189 de 214 órgãos. O Transferegov.br operacionalizou R$ 501 bilhões entre 2023 e o primeiro semestre de 2025, em 27 modalidades de transferência. O Programa Nacional de Gestão e Inovação contabiliza 447 ações pactuadas com estados, sendo 116 concluídas, e o Contrata+Brasil reúne 7.023 MEIs credenciados, com R$ 9,6 milhões contratados até novembro de 2025, sendo a plataforma utilizada por 1.144 órgãos.
Na Secretaria de Governo Digital (SGD), o secretário Rogério Mascarenhas apresentou alguns resultados da área, com a emissão de mais de 40,2 milhões de Carteiras de Identidade Nacional, em média 2,5 milhões por mês. Outro destaque é a plataforma GOV.BR, que soma 171 milhões de contas ativas, sendo 76 milhões de nível Ouro. A interoperabilidade pelo Conecta gerou economia acumulada de R$ 9,5 bilhões desde 2023, sendo R$ 4,8 bilhões somente em 2025. Ele também destacou a Caixa Postal GOV.BR, que já alcançou mais de 29 milhões de pessoas.
Pela Secretaria de Relações de Trabalho (SRT), o secretário José Feijóo destacou a retomada da Mesa Nacional de Negociação Permanente, que resultou em 56 acordos firmados entre 2023 e 2025, com 100% do funcionalismo público. Entre os principais resultados estão o reajuste salarial para todos os servidores públicos e a recomposição dos benefícios, com aumento acumulado de 156,55% no auxílio-alimentação entre 2023 e 2025, além do reajuste de 51% no auxílio-creche em 2024 e reajustes médios de 49,3% no auxílio-saúde.
No balanço da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), a secretária Elisa Leonel apresentou alguns dados consolidados do setor e reforçou o papel estratégico das estatais para o desenvolvimento do país, que representam 5,4% do PIB. Em 2024, as estatais federais registraram faturamento de R$ 1,309 trilhão, ativos totais de R$ 6,7 trilhões e 441 mil empregados próprios. O lucro líquido alcançou R$ 116,6 bilhões, sendo R$ 79,6 bilhões sem considerar a Petrobras.
Pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), a secretária Carolina Stuchi apresentou os números da área, responsável pela gestão de 784.673 imóveis da União, em uma área total de 2,19 milhões de km². O Programa Imóvel da Gente já destinou 1.472 imóveis, beneficiando aproximadamente 400 mil famílias em 553 municípios.
Na Secretaria de Serviços Compartilhados (SSC), a secretária-adjunta Isabela Gebrim apresentou os resultados do modelo ColaboraGov, que gerencia mais de 1.800 contratos compartilhados, e atende 13 ministérios. Com isso, os ministérios e órgãos participantes podem direcionar seus esforços para as atividades finalísticas, enquanto o ColaboraGov assume a execução das tarefas administrativas. O modelo proporciona também a contenção de gastos, com ganhos de eficiência e qualidade na execução das tarefas de apoio. A estimativa de economia do modelo é de R$ 1 bilhão em quatro anos.
O secretário de Gestão de Pessoas, José Celso, também fez um balanço da sua secretaria e ressaltou que a retomada dos concursos públicos é uma das partes mais importantes da estratégia de Transformação do Estado do Governo Lula, liderada pelo MGI. Ele apontou o Concurso Público Nacional Unificado (que em suas duas edições tem mais de 12 mil vagas ofertadas), a transformação de 60 mil cargos obsoletos em cargos mais estratégicos, e o novo Projeto de Lei de Gestão de Pessoas, encaminhado ao Legislativo esta semana, como grandes marcos desse governo. Ele destacou que o reforço da recomposição da força de trabalho é fundamental para a ampliação e melhoria da entrega de serviços públicos.
No balanço do Arquivo Nacional (AN), a diretora-geral Mônica Lima apresentou as ações em curso, destacando a implantação do Programa Acelera SIGA, a modernização da política nacional de arquivos e a organização da 2ª Conferência Nacional de Arquivos, além da ampliação da presença institucional com unidades do AN no Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Porto Alegre e Manaus.
A programação da tarde do evento contou com palestra com representante do Serpro, um debate sobre integridade institucional, e uma atividade colaborativa voltada à troca de experiências e ao fortalecimento da atuação integrada entre as secretarias. Também houve uma palestra sobre comunicação e o poder de mobilizar e de transformar, com a jornalista Olga Curado.
No encerramento, a secretaria-executiva do MGI, Cristina Mori, ressaltou que as equipes do MGI seguirão engajadas e comprometidas para realizar as entregas da pasta e fortalecer cada vez mais o Estado brasileiro. “Podem ter certeza de que a gente ajudou a construir um Estado mais forte, mais resiliente, e que não vai estar tão vulnerável à sua destruição como a gente observou em anos anteriores.”, disse Mori. “Que a gente possa fortalecê-lo muito mais para que o Estado permaneça sólido para a população brasileira poder se beneficiar dele”, finalizou.