Governo federal apresenta superávit primário de R$ 86,1 bilhões no primeiro quadrimestre
O governo federal apresentou superávit primário de R$ 86,1 bilhões, superior em R$ 40,3 bilhões ao superávit previsto para o primeiro quadrimestre de 2022 (R$ 45,8 bilhões). Dessa diferença, R$ 33,4 bilhões decorrem de maior superávit primário do Governo Central, enquanto R$ 6,9 bilhões resultam do superávit registrado pelas Empresas Estatais Federais. As receitas totais do Tesouro Nacional (líquidas de restituições e incentivos fiscais) foram de R$ 770,2 bilhões. Deste montante, as receitas administradas pela Receita Federal foram responsáveis por 64%. As receitas não administradas e a arrecadação líquida do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) responderam, respectivamente, por 14,8% e 21,2% das receitas totais. As despesas do Tesouro Nacional, incluindo o Banco Central, atingiram o montante de R$ 547,6 bilhões. As outras despesas obrigatórias registraram desvio positivo da ordem de R$ 10,8 bilhões, provocado principalmente pela antecipação do calendário do Abono Salarial. Já as despesas do Executivo sujeitas à programação financeira registraram um desvio negativo em relação ao previsto de R$ 14,5 bilhões, explicado pelo empoçamento acumulado no primeiro quadrimestre da ordem de R$ 14,6 bilhões. As transferências a estados e municípios foram de R$ 143,3 bilhões, inferior ao previsto (R$ 4,1 bilhões), devido, sobretudo, à realização inferior ao previsto nas demais transferências. Esse resultado pode ser explicado quase integralmente pela não realização dos repasses aos entes federados dos recursos da cessão onerosa.
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