O Agronegócio no Estado: Base Econômica e Social
Mato Grosso do Sul (MS) é um estado com vocação agropecuária muito forte, que combina solo fértil, clima favorável, e extensão territorial que permite escala. Nas últimas décadas, esse potencial tem sido cada vez mais explorado não só pelo aumento da produção, mas pela incorporação de ciência, tecnologia, inovação e sustentabilidade. Até 2025, esses fatores se consolidam como diferenciais competitivos.
Inovação no agronegócio em MS não é mais apenas “melhorar semente ou aplicar defensivo”, mas envolve ecossistemas inteiros de inovação, políticas públicas, eventos de difusão tecnológica, parcerias acadêmico-privadas, investimentos, digitalização, sustentabilidade ambiental, rastreabilidade, certificações, e consciência crescente sobre biomas como o Pantanal.
O Agronegócio em Mato Grosso do Sul:
Mato Grosso do Sul começa 2025 mostrando a força do agronegócio como motor da economia estadual. A safra de 2024/25 deve alcançar 75,3 milhões de toneladas de grãos e fibras, em uma área cultivada de 7,4 milhões de hectares. O número representa um crescimento de 2,5% em relação ao ciclo anterior e reforça a vocação do estado como um dos grandes produtores do país.
A soja segue como protagonista, mas culturas como amendoim, algodão e arroz irrigado também ganham espaço, diversificando a produção. Já na pecuária, o rebanho bovino mantém a marca de 18 milhões de cabeças, apesar de uma leve retração. Por outro lado, a avicultura surpreendeu com crescimento superior a 19%, alcançando 136 milhões de aves. A suinocultura avançou pouco, enquanto a piscicultura sofreu queda expressiva, reflexo de desafios de mercado e ambientais.
Do ponto de vista econômico, os resultados impressionam. O PIB agropecuário estadual deve crescer 17,9% em 2025, puxando a economia sul-mato-grossense para uma alta estimada em 5,5%. O Valor Bruto da Produção (VBP) deve ultrapassar R$ 78 bilhões, sendo R$ 50,2 bilhões da agricultura e R$ 28 bilhões da pecuária.
O estado aposta cada vez mais em tecnologia e inovação para manter a competitividade. Startups, universidades, cooperativas e produtores rurais integram ecossistemas de inovação espalhados por diferentes regiões, levando para o campo soluções digitais, genética avançada e agricultura de precisão. Ferramentas de monitoramento por satélite, inteligência artificial e novas variedades de sementes já fazem parte da rotina de muitas fazendas.
A sustentabilidade também ganhou papel central. Com biomas estratégicos como o Pantanal e o Cerrado, Mato Grosso do Sul busca equilibrar expansão produtiva com preservação ambiental. Programas de rastreabilidade, certificações verdes e participação no mercado de créditos de carbono consolidam o estado como referência em produção de baixo impacto.
Ainda assim, os desafios permanecem. A irregularidade climática, a necessidade de melhorar a infraestrutura de transporte e conectividade, além da dificuldade de pequenos e médios produtores em acessar tecnologia de ponta, estão entre os principais gargalos.
Apesar disso, as perspectivas para 2025 são positivas. A soja deve manter a liderança em área e valor agregado, a pecuária segue avançando em rastreabilidade e genética, e a avicultura se consolida como setor em expansão. Mais do que produzir, Mato Grosso do Sul mostra que é possível produzir melhor, unindo ciência, inovação e respeito ao meio ambiente.