Ministro Luiz Marinho participa do lançamento Labour20 (L20) no G20 Brasil

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participou na manhã desta terça-feira (26) da cerimônia de lançamento do L20 (Labour20), grupo formado por sindicatos de todo o mundo, para defender os interesses da classe trabalhadora durante as atividades do G20 Brasil. A atuação do L20 tem por objetivo registrar no documento final a importância da geração de trabalho decente e de empregos de qualidade como forma de combater à pobreza e promover a inclusão social.

No Brasil, estão atuando juntas no L20 a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Central Única dos Trabalhadores (CUT) a NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores, a Força Sindical e a UGT (União Geral dos Trabalhadores). Elas contribuem na elaboração das prioridades sindicais do grupo, comunicam as demandas ao governo brasileiro e participam das reuniões e cúpulas do L20.  O evento, ancorado na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo (SP), foi conduzido por Antônio Lisboa, coordenador-geral do L20 no Brasil , vice-presidente da CSI (Confederação Sindical Internacional) e secretário de Relações Internacionais da CUT. “O lançamento foi muito promissor ao espelhar neste momento as principais aspirações dos trabalhadores no mundo”, avaliou Lisboa. Na avaliação dele, a pauta do governo brasileiro vai de encontro com as demandas do movimento sindical. “A nossa expectativa é conquistar espaço efetivo nos debates com reflexos na redação do documento final”, explicou Lisboa.

“Os temas indicados pelos representantes de trabalhadores do G20, o L20, para 2024, em sua declaração, são uma síntese poderosa das preocupações e aspirações de trabalhadores em todo o mundo”, avaliou o ministro Marinho. Segundo ele, são questões fundamentais, como a necessidade de uma transição justa para uma economia verde, a importância da proteção social e dos direitos trabalhistas, e a urgência de enfrentar a desigualdade e a precarização do trabalho.

Na avaliação de Marinho, atualmente, no Brasil, no novo mandato do presidente Lula, foi possível estabelecer uma nova política de valorização do salário-mínimo; aprovar a legislação de igualdade salarial entre homens e mulheres, que teve recentemente seu primeiro relatório de transparência publicado; e o envio do projeto de lei, ao Congresso, que garantirá direitos, proteção previdenciária e condições seguras de trabalho para quem trabalha via plataformas digitais.

“Fizemos tudo isso, ao contrário do que previam os ditos especialistas, como a criação de novos empregos. Houve aumento do emprego formal no Brasil”, disse Marinho. Para ele, como um governo voltado às pessoas, especialmente àquelas que mais precisam, tem o dever e a responsabilidade de lutar por um futuro melhor para todos. “Precisamos nos unir, fortalecer e escutar todas as vozes e defender os direitos de todos com determinação e coragem”, disse. Marinho avalia que somente assim será possível construir uma sociedade mais justa, sustentável e inclusiva para as gerações presentes e futuras.

O embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, principal negociador do Brasil no G20, falou das pautas prioritárias da presidência do Brasil durante a conferência. "A aliança global contra a fome e a pobreza é uma prioridade, ou seja, toda a agenda social internacional”, afirmou Mauricio Lyrio. Segundo ele, a questão da mobilização contra as mudanças do clima, ou seja, como obter recursos para as transições energéticas e combate à mudança do clima.

O L20 representa os interesses da classe trabalhadora reunindo sindicatos globais, como a CUT e é organizado pela Confederação Sindical Internacional (CSI) além do Comitê Consultivo Sindical (TUAC) para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O grupo, que tem representação no G20, tem a missão de debater com temas econômicos mundiais e direitos, sob a ótica dos trabalhadores. É responsável por apresentar e defender as preocupações relacionadas a emprego, direitos trabalhistas e às condições laborais justas nas discussões do G20.