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GOVERNO DIGITAL
No Sul, MGI apresenta estudo sobre governo digital centrado no cidadão durante segundo dia da Conferência Internacional
Mesa de abertura da 26ª Conferência Internacional de Governo Digital. Foto: Vicente Vaccaro
A 26ª Conferência Internacional de Governo Digital, realizada em Porto Alegre, contou com a participação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) no painel de abertura do segundo dia do evento (11/6). Representantes do MGI apresentaram um estudo desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), voltado ao aprimoramento de políticas públicas e serviços digitais centrados no usuário.
O assessor da Secretária de Governo Digital (SGD) do MGI, Ciro Avelino, foi o mediador do painel de abertura do dia, que teve o tema “As soluções digitais do mapeamento demográfico, de populações vulneráveis e de infraestrutura, referentes aos impactos da enchente que assolou o estado do Rio Grande do Sul em 2024”.
Durante sua fala, o Assessor defendeu a ideia do Governo Digital focado na população para, por exemplo, oferecer respostas rápidas a eventos climáticos como o que atingiu o sul do país. "A digitalização deve ser uma prioridade no sistema federativo brasileiro, com estímulo para estados e municípios participarem cada vez mais do processo, uma vez que os problemas e desafios são muitos e específicos em cada região”, concluiu.
Durante o painel ‘Diálogo sobre América Latina’, os servidores do MGI Wagner Araújo e Everson Aguiar apresentaram, ao lado de Bernardo Campolina, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG, o ‘Estudo do impacto do governo digital em termos financeiros, ambientais e econômicos’. Wagner salientou a relevância do estudo, que produziu uma fórmula para calcular os impactos citados no título do trabalho. Ele destacou que “mais importante do que estar disponível na internet para qualquer pessoa consumir, é que quem atua em governo digital de estados e municípios também pode contar com a rede GOV.BR para ter acesso também aos profissionais que produziram este trabalho”.
Por sua vez, Everson chamou atenção para a atualidade do estudo, que começou no final de 2023, foi desenvolvido ao longo de 2024, e finalizado em abril deste ano. Ele também informou que a metodologia de avaliação de impacto de soluções de governo não é específica para serviços ou sistemas, “e sim, para busca de soluções relacionadas aos setores econômico, social e ambiental”, citou.
Já Bernardo lembrou que o atendimento presencial às pessoas não vai acabar, mas que haverá o crescimento do uso de tecnologias digitais e que é preciso que o Governo Federal esteja articulado à inovação, medindo o ganho e eventualmente as perdas e correções a serem feitas pelo bem do serviço prestado através desses canais”.
O pesquisador também apresentou exemplos práticos apontados pelo estudo, como alguns serviços que não estão disponíveis em todas as cidades brasileiras, entre eles, solicitação de passaporte. “Muitas vezes, a distância a ser percorrida pelo cidadão que não mora nas capitais ou em alguma das grandes cidades que dispõem deste serviço, resulta em um grande tempo com deslocamentos e gastos financeiros", disse.
Em sua 26ª edição, esta é a primeira vez que a Conferência Internacional de Governo Digital é sediada no Hemisfério Sul, especificamente no Brasil, a partir do empenho do governo federal, com apoio da área acadêmica brasileira, como universidades federais e a PUCRS, além dos apoiadores institucionais.
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