O Novo PAC planejou investir R$ 601,8 bilhões para a garantia de Cidades Sustentáveis e Resilientes, sendo R$ 531,5 bilhões distribuídos no quadriênio 2023 a 2026 e R$ 70,3 bilhões no período pós-2026. Deste montante, R$ 20,7 bilhões estavam destinados para as Seleções de 2025.
No entanto, as Seleções de 2025 superaram as expectativas e mobilizaram R$ 30,7 bilhões para projetos nas áreas de urbanização de favelas, mobilidade urbana, gestão de resíduos sólidos, esgotamento sanitário e prevenção a desastres, o último com propostas tanto para contenção de encostas quanto para drenagem.
Desde o lançamento do Novo PAC em 2023, o eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes retomou e concluiu a execução 103 obras que não haviam sido iniciadas, estavam paralisadas ou seguiam em ritmo lento. Os 6,9 bilhões investidos nestes empreendimentos beneficiou 104 municípios em 21 estados. Outras 249 obras de retomada estão em andamento, distribuídas em mais de 174 municípios de todos os estados e do Distrito Federal, totalizando R$ 48,2 bilhões.
O Governo do Brasil retomou o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no início de 2023, incluindo a conclusão de diversos empreendimentos em todo o Brasil que estavam em ritmo lento ou paralisados. Destas obras, foram entregues cerca de 51 mil moradias, beneficiando mais de 203 mil pessoas.
O MCMV desempenha um papel estratégico no contexto macroeconômico e no desenvolvimento do Brasil, impactando diversas áreas da economia e da sociedade. Entre janeiro de 2023 e agosto de 2025, o Novo PAC contratou 1,9 milhão de moradias com investimentos de R$ 280 bilhões.
Nas faixas financiadas do MCMV, o Novo PAC ampliou o acesso à moradia aumentando os valores de subsídios para aquisição da casa própria com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Até agosto de 2025, foram contratadas mais de 1,5 milhão de unidades habitacionais financiadas, sendo que 62% destas correspondem a investimentos para famílias com renda mensal de até R$ 4.700,00.
O Novo PAC também monitora e propõe melhorias na disponibilidade de recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para o financiamento de moradias dos brasileiros. De janeiro de 2023 a agosto de 2025, estes financiamentos voltados à produção e à aquisição de imóveis novos mobilizaram R$ 216,8 bilhões para o financiamento de cerca de 742 mil unidades habitacionais.
No início de outubro de 2025, o Governo do Brasil definiu, juntamente com o Banco Central, um novo modelo de crédito imobiliário para ampliar essa disponibilidade. A previsão inicial é de um acréscimo da ordem de R$ 50 bilhões por ano para financiamento, garantindo maior perenidade para esses recursos e o valor máximo do imóvel financiado passou para R$ 2,25 milhões.
Em relação à carteira do Periferia Viva, são 352 projetos de urbanização de favelas e regularização fundiária que correspondem a R$ 6,9 bilhões em investimentos, distribuídos em R$ 3,4 bilhões no quadriênio 2023 a 2026 e R$ 3,5 bilhões no período pós-2026. Além disso, está em curso a segunda rodada de seleção de projetos da modalidade urbanização de favelas, na qual foram habilitadas 49 propostas, localizadas em 32 municípios de 12 estados, que totalizam R$ 4,6 bilhões em investimentos.
Para as iniciativas de regularização fundiária, na primeira seleção do Novo PAC, foram selecionados 209 projetos em 190 municípios de todos os estados brasileiros, correspondendo a um investimento de R$ 299 milhões. Destas, 174 operações já estão em licitação e 11 encontram-se em andamento.
Na primeira seleção do Novo PAC, aberta em 2023, foram anunciados investimentos de R$ 5,27 bilhões em 59 projetos de urbanização de favelas, beneficiando 47 municípios de 21 estados. Atualmente, já foram contratadas 46 destas operações, sendo que 3 estão em licitação e 2 em andamento.
O Novo PAC também focou em retomar e concluir a execução dos 84 empreendimentos de urbanização de favelas que, até o final de 2022, não haviam sido iniciados, estavam paralisados ou seguiam em ritmo lento, com investimento de R$ 1,4 bilhão, contemplando 60 municípios em 19 estados.
Entre janeiro de 2023 e agosto de 2025, foram concluídas 19 obras de retomada de urbanização de favelas, localizadas em 14 estados, além de outras 45 obras em andamento em 36 municípios de 11 estados.
Na modalidade renovação de frota, em 2023 foram anunciadas as propostas selecionadas que totalizam R$ 10,6 bilhões em investimentos para aquisição de 2.296 ônibus elétricos, 3.015 ônibus Euro 6 e 39 veículos sobre trilhos, beneficiando 98 municípios.
Em agosto de 2025, foram autorizados R$ 3,7 bilhões para financiar a aquisição de veículos sobre pneus e sobre trilhos e infraestrutura de recarga. Com o Refrota, o Brasil tem o potencial de reduzir a idade média dos ônibus, aumentar a qualidade do transporte e atingir a maior frota de ônibus elétricos da sua história, assumindo uma importante posição no cenário da eletromobilidade mundial.
A mobilidade urbana em grandes e médias cidades brasileiras soma investimentos de R$ 21,1 bilhões de reais para o desenvolvimento de novos projetos e obras de transporte público de alta e média capacidade como BRTs, VLTs, trens urbanos e metrôs, e de corredores de ônibus, terminais, ciclovias e ciclofaixas, além de R$ 4 bilhões para a retomada de obras paralisadas. Esses recursos foram ainda complementados com a autorização de R$ 6,1 bilhões em operações de crédito na segunda etapa do Novo PAC Seleções, em 2025.
Estes investimentos irão reduzir o tempo de deslocamento e a emissão de poluentes, atendendo os grandes centros urbanos e regiões periféricas com população de baixa renda.
Com relação às obras e ações de gestão de resíduos sólidos, na primeira etapa de seleção do Novo PAC, aberta em 2023, foram garantidos investimentos de R$ 703,1 milhões para 371 municípios, que irão contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços de gestão de resíduos sólidos prestados à população. Cerca de 60 cooperativas e/ou associações de catadoras e catadores serão beneficiadas em todo o país.
A segunda etapa de seleção, iniciada em fevereiro de 2025, contemplará mais R$ 600 milhões em investimentos com recursos do FGTS. Os recursos vão contribuir para a erradicação dos lixões, para o incentivo à economia circular e para o enfrentamento às mudanças climáticas, tornando as cidades mais sustentáveis e reduzindo desigualdades regionais e sociais.
Para a prevenção de desastres, o Novo PAC está investindo R$ 3,3 bilhões para a retomada e a conclusão de 86 obras de drenagem e contenções de encostas e está investindo mais R$ 22,6 bilhões em 623 novas obras selecionadas.
Deslizamentos de encostas e inundações impactam diretamente a vida da população, resultando em danos irreparáveis, como a perda de vidas humanas, danos materiais e prejuízos econômicos.
Para obras de contenção de encostas, foram destinados R$ 1,7 bilhão em investimentos pela primeira seleção do Novo PAC em 2024, distribuídos em 91 municípios com problemas recorrentes de deslizamentos. Todas as obras com recursos não-onerosos do Orçamento Geral da União (OGU), no total de R$ 1,46 bilhão, foram contratadas até julho de 2024.
Em drenagem urbana sustentável, em 2024, foram selecionadas todas as propostas que se enquadraram nos critérios estabelecidos para a modalidade. Assim, o programa destinou R$ 9,3 bilhões para a realização de empreendimentos de drenagem urbana sustentável e manejo de águas pluviais, reduzindo o risco de desastres naturais em 190 municípios críticos com problemas de inundações, enxurradas e alagamentos recorrentes.
Em 2025, a segunda etapa de seleção garantiu mais R$ 1,4 bilhão em investimentos para obras de contenção de encostas, sendo R$ 1,2 bilhão com recursos do OGU e R$ 160 milhões com recursos do FGTS. No caso da drenagem urbana sustentável, foram destinados outros R$ 10,3 bilhões, sendo R$ 4,7 bilhões com recursos do OGU e R$ 5,6 bilhões com recursos do FGTS. O resultado da última seleção foi divulgado no dia 18 de setembro de 2025.
A prioridade do governo nos investimentos de prevenção a desastres é salvaguardar vidas e proporcionar condições mais dignas e seguras para a população. Esses investimentos também são fundamentais para a adaptação das cidades, tornando-as mais resilientes e preparadas para lidar com as mudanças climáticas e os eventos adversos, cada vez mais frequentes e intensos.
Para ampliação do acesso e melhoria da qualidade dos serviços de coleta e de tratamento de esgotos sanitários em áreas urbanas, a primeira etapa de seleção do Novo PAC anunciou investimentos de R$ 10,1 bilhões, em 279 municípios. A segunda etapa de seleção, divulgada em fevereiro de 2025, garantiu mais R$ 4 bilhões em investimentos com recursos do FGTS. Com isso, o Novo PAC vai elevar a cobertura de coleta e tratamento de esgotos, contribuindo para a sua universalização.
Nesses dois primeiros anos, o Novo PAC retomou 235 empreendimentos de coleta e tratamento de esgotos sanitários em áreas urbanas que não haviam sido iniciados, estavam paralisados ou se encontravam em ritmo lento até o final de 2022. No total, estão sendo investidos R$ 7,6 bilhões nesses empreendimentos.
Os projetos do eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes são os que mais influenciam diretamente o dia a dia da população. Os investimentos vão tornar as cidades mais adaptadas para superar o cenário adverso da emergência climática, com a garantia de melhores condições de vida. O Novo PAC completa 2 anos de lançamento com elevado percentual de realização dos investimentos planejados, conclusão de várias obras importantes e crescimento da carteira de investimentos.
Confira, abaixo, os investimentos e as obras de cada área do eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes até agosto de 2025.