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RADIODIFUSÃO
Em congresso sobre satélites, Ministério das Comunicações destaca distribuição de parabólicas digitais para famílias de baixa renda
O secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Wilson Diniz Wellisch, participou, na tarde desta quarta-feira (8), do Congresso Latino-Americano sobre Satélites, realizado no Rio de Janeiro (RJ). De forma virtual, Wilson destacou principalmente os programas que distribuem kits de antenas parabólicas digitais, via satélite, para famílias de baixa renda.
“O Siga Antenado distribuiu cinco milhões de kits de 2022 a 2025. E, recentemente, o Ministério das Comunicações ampliou essa política pública com o programa Brasil Antenado, que está instalando antenas em 323 cidades com pouca ou nenhuma cobertura de sinal de TV terrestre”, afirmou.
O programa é executado pela Entidade Administradora da Faixa (EAF), organização sem fins lucrativos instituída por determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) após o leilão do 5G. A EAF é formada pelas operadoras Claro, TIM e Vivo, vencedoras dos lotes nacionais da faixa de 3,5 GHz.
Antes, na primeira fase (Siga Antenado), para receber os kits, as famílias precisavam ter instalada a parabólica tradicional, antiga. Agora, com o Brasil Antenado, não há mais essa exigência: basta ter um aparelho de TV na residência.
“Temos dados indicando que, além da distribuição de mais de cinco milhões de kits, o mercado vendeu ainda outros dez milhões de equipamentos, ampliando a recepção de TV via satélite em todo o Brasil. Estamos falando de algo entre 45 e 60 milhões de pessoas sintonizando canais por meio dessas antenas”, completou.
A distribuição ocorre porque as parabólicas tradicionais utilizavam a mesma frequência do sinal 5G e, por isso, precisaram ser desativadas. Para não deixar a população sem acesso à TV, o governo federal decidiu distribuir kits de parabólicas digitais (via satélite).
O Brasil Antenado atenderá 323 municípios em 16 estados até abril de 2026. A primeira fase termina no próximo domingo (12). A segunda fase começa no dia 13 deste mês e segue até 11 de janeiro de 2026, beneficiando 138 municípios nos estados do TO, PA, RR, PI e MA. A última fase ocorrerá entre 12 de janeiro e 12 de abril de 2026, atendendo famílias de 108 cidades em oito estados (ES, MG, GO, BA, MT, MS, RO e RS).
TV 3.0
Wilson falou ainda sobre as próximas etapas da TV 3.0, que vai revolucionar a forma como o brasileiro assiste à televisão. A meta é que as primeiras transmissões ocorram até a Copa do Mundo de Futebol, no ano que vem.
“O objetivo é que, na próxima Copa, já tenhamos transmissões em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O evento é importante para a radiodifusão porque vem acompanhado de um aumento na comercialização de aparelhos de TV. Então, não podemos perder este momento e estamos correndo contra o tempo para viabilizar a TV 3.0 até lá”, afirmou.
O secretário explicou que a nova tecnologia modernizará a televisão digital brasileira, oferecendo imagens em 4K e 8K, som imersivo, maior interatividade e integração com a internet.
“A TV 3.0 vai proporcionar uma experiência mais rica e personalizada para os telespectadores”, ressaltou.
Ele também abordou o tema da publicidade segmentada, que permitirá que uma emissora exiba diferentes propagandas em bairros distintos de uma mesma cidade, algo semelhante ao que já ocorre na internet.
A interatividade foi outro ponto destacado:
“A conectividade é o principal diferencial. O telespectador poderá escolher um determinado ângulo de câmera, optar por diferentes sistemas de som e participar de enquetes. A TV 3.0 é um mundo de possibilidades”, completou Wilson.
O secretário citou ainda a implantação da Plataforma Comum de Comunicação Pública e Governo Digital, que integrará conteúdos de comunicação pública e informações governamentais. A plataforma permitirá interatividade via internet, ampliando a prestação de serviços públicos digitais e fortalecendo a relação entre o Estado e a sociedade.
Sobre o congresso
O evento, realizado no Rio de Janeiro, reúne mais de 300 profissionais altamente qualificados em três dias de debates e networking.
Wilson participou do Painel 8, “TV 3.0 e satélites: as lições da TVRO e o futuro do broadcast”, que contou ainda com as participações do VP de Operações da Sky, Sergio Ribeiro; do CEO da Vivensis, Yvan Cabral; do gerente comercial da Speedcast, Eduardo Padilha; e do presidente da SET, Paulo Henrique Castro.
Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • Mais informações: imprensa@mcom.gov.br | (61) 2027.6086 ou (61) 2027.6628