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Seminário Nacional promovido pelo MGI discute Dimensionamento da Força de Trabalho no serviço público federal
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) realiza, nos dias 18 e 19 de novembro, o Seminário Nacional sobre Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT). O encontro reúne especialistas, pesquisadores e gestores federais na sede do MGI, em Brasília para discutir práticas, evidências e metodologias voltadas ao aprimoramento da gestão de pessoas no setor público.
Desenvolvido em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), o DFT se apresenta como ferramenta essencial para estimar a quantidade e o perfil de profissionais necessários às entregas de cada unidade organizacional, permitindo identificar gargalos, orientar processos de provimento e concursos e qualificar decisões estratégicas de gestão.
A mesa de abertura “Planejar, Dimensionar e Incluir – Gestão da Força de Trabalho baseada em evidências” contou com a participação da secretária-executiva do MGI, Cristina Mori; do secretário-adjunto de Gestão de Pessoas do órgão, Frederico Coutinho; do secretário de Serviços Compartilhados da pasta, Cilair Abreu, e da diretora de Provimento e Movimentação de Pessoas do MGI, Maria Aparecida Chagas.
A secretária-executiva do MGI, Cristina Mori, destacou que a gestão de pessoas deve ser colocada em papel estratégico no Estado. "É preciso termos clareza sobre os resultados que queremos entregar à sociedade, sobre o que já fazemos e o que está sendo criado", observou. Para ela o DFT pode ser definido como um instrumento significativo e complexo, por permitir às pessoas se enxergarem numa cadeia de valores em relação a como atuam no serviço público.
"A inteligência do DFT ajuda a identificar os potenciais das pessoas e suas capacidades, que perfil é necessário trazer para o estado, que carreiras precisam ser criadas, tudo isso na perspectiva do Planejamento Estratégico", mencionou. "No MGI temos a visão do todo, pois recebemos demandas dos demais órgãos. Nesse contexto, o DFT já gerou frutos, como no CPNU e em outros concursos, na avaliação de que vagas precisam ser preenchidas. Em um cenário de grande complexidade, com mudanças climáticas, movimentação demográfica e tensões internacionais, as instituições têm de estar fortes para responder efetivamente aos grandes desafios", completou Cristina Mori.
O secretário-adjunto de Gestão de Pessoas do MGI, Frederico Coutinho, ressaltou o relevante momento vivido pela gestão de pessoas desde 2023. "Há enorme quantidade de projetos acontecendo, como DFT, CPNU e a volta das negociações com os servidores", comentou. Frederico assinalou que momentos como o Seminário servem de balanço para se refletir sobre as ações realizadas pelo governo e frisou que é essencial focar em no maior ativo da administração pública, que são as pessoas.
Frederico ponderou que o DFT contribui para o aprimoramento do estado, identificando as pessoas certas para as funções adequadas. "O DFT possui um processo muito rico. Quando aplicado com a dedicação que os órgãos e entidades estão fazendo, gera relevantes inovações para a gestão, como na ambientação e alocação de novos servidores, identificando gargalos e potenciais, além de estar conectado ao ciclo laboral", elogiou Coutinho.
Cilair Abreu, secretário de Serviços Compartilhados do MGI, ressaltou o papel do Seminário para discutir o tema DFT com a profundidade necessária. Cilair afirmou que o centro do Estado se concentra na gestão de pessoas, fundamental para as entregas da máquina pública. "Ao otimizar o trabalho dos servidores, você amplia as entregas à sociedade", avaliou.
Segundo Cilair, a forma como se potencializa o trabalho dos servidores se reverte em resultados econômicos de impacto. "É fundamental dispor de instrumentos que apoiem a área de gestão de pessoas com evidências. Tive uma noção muito clara sobre o potencial da minha equipe ao aplicar um projeto piloto do DFT, quando trabalhava na Enap, há alguns anos", lembrou o secretário.
A mesa teve também a participação da diretora Maria Aparecida Chagas, que fez uma breve retrospectiva da história do DFT. "Trata-se de um projeto de longa caminhada no MGI. Essa é uma metodologia que apresenta um diagnóstico e um retrato da administração pública, para que tenhamos uma perspectiva de seu funcionamento e que os órgãos a utilizem para aprimorar seus processos", destacou.
A diretora lembrou das origens do Dimensionamento da Força de Trabalho, em 2016, e do grande salto de implementação dado a partir de 2023. Mais de 120 instituições, com 4 mil unidades, já aderiram ao Dimensionamento da Força de Trabalho. A meta em 2026 é levar a metodologia a mais 70 órgãos e entidades. "Esse avanço nos propicia um levantamento de diversos processos e de entregas que farão a diferença para o serviço público", comentou.
Maria Aparecida ainda informou sobre parceria realizada com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para automação de processos mais mecânicos, para se direcionar o potencial das pessoas a desenvolver suas capacidades e criatividade.
O evento segue em formato híbrido (presencial e virtual), com transmissão ao vivo pelo canal do MGI no YouTube.