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Capacitação aprimora gestão da mineração de terras raras em Goiás
“O elemento de terras raras deve ser explorado, mas de maneira sustentável e correta”. Essa foi a análise do geólogo Lucas Marinho, servidor recém-chegado da Agência Nacional de Mineração (ANM), ao realizar, nesta quarta-feira (29/10), visita formativa em uma planta piloto de terras raras localizada em Aparecida de Goiânia (GO).
Além do Lucas, cerca de 10 servidores da gerência regional de Goiás participaram da ação de capacitação. O foco foi conhecer o papel da ANM durante as etapas entre a extração de terras raras, em Nova Roma – no norte de Goiás, e o processamento do material realizado na planta piloto. O grupo pôde verificar gráficos do andamento da pesquisa e tópicos dos relatórios produzidos pelo empreendimento e encaminhados à agência.
De acordo com o gerente regional de Goiás, Wendel Mesquita, a visita foi fundamental para a integração dos servidores e alinhamento do conhecimento técnico aos procedimentos de fiscalização e outorga realizados pela ANM.
“Nós tivemos a iniciativa da visita para facilitar a integração dos novos e atuais servidores, além de apresentar os potenciais do estado de Goiás no caso das terras raras. Esse conhecimento facilita a análise de relatórios e introduz os procedimentos das missões realizadas em campo, além de aprofundar a compreensão dos processos relacionados à estrutura da Terra”, comentou Mesquita.
Durante a visita, os profissionais das áreas de geologia, engenharia de minas e setor administrativo acompanharam o processo chamado de concentração, que transforma uma tonelada de argila em um quilo de carbonato misto de terras raras. O produto é semelhante a um cubo de açúcar e possui 17 elementos de terras raras concentrados.
Após essa etapa, o carbonato misto segue para as próximas fases de refino que são realizadas em outros locais. O material é utilizado em diversas tecnologias avançadas, como baterias, carros elétricos e turbinas eólicas.
A engenheira de minas Rochana Machado avaliou que o futuro processo produtivo desses elementos vai beneficiar todo o país. “Quando fazemos visitas como essa, é possível projetar o impacto que a exploração das terras raras terá no desenvolvimento tecnológico e na participação do Brasil no mercado mundial”, destacou.